[...]
- Eu não quero mais dormir com você. Você roubou meu lençol a noite toda. - Eu resmunguei para Aaron depois de dez minutos esperando meu espírito voltar para o meu corpo.
- E você se mexe demais. Quando casarmos cada um vai ter seu quarto. - Ele respondeu baixo.
- Você tinha alguma dúvida? - Ele perguntou e eu ri fracamente.
- Vamos levantar que eu quero chegar na praia em um horário bom para pegar uma cor. - Enrico falou e nós o olhamos. Ele já estava arrumado e sentado na mesa tomando café, além das meninas.
- Você da muita ousadia pros seus funcionários, por isso que ficam assim. - Mostrei o dedo do meio para Aaron e ele riu fracamente, se arrastando pra fora da cama.
...
- Eu pensei que fosse inverno. - Aaron disse se abanando com o chapéu - mais uma vez - e tomando água.
- E é inverno! - Eu afirmei e ele me olhou como se eu fosse louca.
- Onde? Ta fazendo trinta graus. - Eu ri.
- Coisas do Brasil. - Já fazia umas duas horas desde que tínhamos chegado na praia, e ela estava consideravelmente lotada. Tinha comprado vários salgadinhos e sucos, além de ter levado o cooler do meu pai para deixar as bebidas gelando. Enrico já havia ido experimentar a água do mar e eu segui para lá também, com é claro, Beth ao meu lado. Ela ficou todo o tempo bem próxima de mim para qualquer coisa que acontecesse, mas ela era uma ótima companhia para conversar, então jogamos vários papos fora.
Quando comecei a sentir sede, e até um pouco de náusea, saímos e voltamos para a areia. Comi um pouco e Aaron foi com Olinda para o mar - já que a mãe de Aaron havia pedido para a minha mãe que elas também ficassem responsáveis pela segurança dele - e eu deitei para tomar sol. Quando começou a dar o horário das duas, três da tarde, voltamos para o hotel, tomamos banho e seguimos para encontrarmos a Gabriela.
- Aaron, você não precisa ficar tenso desse jeito, céus! - Eu falei a ele que respirou fundo.
- Desculpa Ly, não me julga. Eu cresci ouvindo uma coisa sobre as favelas brasileiras, e não é boa! - Eu suspirei por que sabia que lá fora, e até mesmo dentro do país, as comunidades eram negligenciadas e rotuladas como extremamente violentas.
- Chegamos! - Enrico falou e em seguida deixou o carro em um estacionamento dentro da comunidade. Assim que descemos do carro, eu liguei para a Maju e ela pediu para a esperarmos ali que ela estava descendo. Sim... o morro.
- Opa, tudo bom? Estão perdidos? - Um homem alto, usando apenas bermuda e chinelos, E ARMADO perguntou para nós e fiquei na frente de todos, antes que Beth e Olinda assumissem uma postura ameaçadora, Enrico desse uma de irmão mais velho e Aaron desmaiasse, além de irritar todos os outros cinco que estavam com ele.
- Oi, na verdade não. Eu to esperando uma amiga que mora aqui, sabe como é... - O homem me encarou de cima a baixo e eu ergui uma sobrancelha, que fez ele erguer outra também. Ele cruzou os braços, eu fiz o mesmo.
- Posso saber que amiga é essa?
- Você é o chefe daqui?
- Você não tem medo de morrer?
- Já sobrevivi a uma tentativa de suicídio e um afogamento, não... eu não tenho medo de morrer. - Os outros homens que estavam com ele riram e ele riu descrente.
- Ai paulistinha, por que seu sotaque não nega, você é muito cara de pau! Mas sim... Sou praticamente o chefe daqui. - Ele disse colocando a arma pra trás. OH GLÓRIA DEUS.
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O Destino me Aguarda - O Final
Teen FictionDepois de Emily ter descoberto ser uma Princesa e ter sua vira revirada, ela se muda para a Itália para se tornar a princesa que deve ser. Lá ela continua com Enzo e vivendo um verdadeiro conto de fadas - entre trancos e barrancos. Agora, Emily vai...