Capítulo 75

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- Okay, eu queria que vocês fossem os primeiros a verem. - Vic disse quando estávamos na sala da sua fisioterapeuta e a olhamos confusos. Estávamos eu e Aaron, e ela estava se segurando nas barras, enquanto Doutora Rayssa estava ao seu lado. Ela se soltou das barras e deu um passo e mais outro, sem ajuda e sem suporte, e eu e Aaron nos encaramos começando a ficar emocionados, ela se apoiou na Doutora depois de uns seis passos e sorriu. 

- VOCÊ TA ANDANDO SOZINHA!!! - Aaron gritou feliz e ela assentiu que sim, nos fazendo começar a gritar de alegria e a abraçar. 

- Ai Vic eu to tão feliz por você! - Falei não conseguindo a soltar e ela riu. 

- Isso é incrível, eu nem acredito que isso está acontecendo. Eu chorei tanto no primeiro passo, vocês não tem nem ideia. Eu preciso ligar para o Marcello. - Meu sorriso se desfez automaticamente. 

- Para o Marcello? Não acha que deveria ligar para os seus pais primeiros? 

- Bom, pelo o horário eles devem estar com os gêmeos ou no escritório, não vão me atender. - Olhei para Aaron indignada. - E Marcello é quase da família já. - A olhei mais indignada ainda. 

- Família Victória? Vocês estão juntos só a quatro meses. - Ela deu de ombros olhando para o celular. 

- E eu já considero ele da família. Credo Emily, você costumava ser mais sonhadora. Ficou descrente de tudo só por causa do que aconteceu com o Enzo? Ele te traiu, não são todos assim.  - Ela jogou e ficou uns segundos ainda olhando para o celular antes de me encarar. - Ly, não foi isso que eu quis dizer. - Eu peguei meu casaco. 

- Sei, é exatamente isso que você quis dizer. - Sai da sala fechando a porta e indo em direção ao carro com Enrico. 

- E Aaron? 

- Vai esperar ela e tenho coisas a fazer. - Ele não questionou mais ouvindo meu tom de voz e partiu. Quando chegamos no Palácio, fui direto para a sala de música e liguei o som começando a dançar e a me concentrar na letra e no que aquilo me fazia sentir. Quando terminei, eu me sentia bem mais calma, então me deitei no chão e continuei ouvindo música enquanto minha respiração voltava ao normal e eu relaxava. 

- Ei... - Abri os olhos olhando pra cima quando ouvi a voz dela. - Me desculpa Ly, eu fui ridícula! 

- Foi! - Concordei e Vic suspirou. 

- Escuta... é que... ao mesmo tempo que parece que você gosta dele, parece que não. 

- Se você gosta tanto dele, por que se preocupa tanto que os outros gostem também? A relação é entre vocês dois. 

- Por que qualquer um gosta que seus amigos aprovem o namorado. 

- Não preciso aprovar nada! - Ela suspirou. 

- Porque  você não gosta dele Ly? 

- Eu não falei que não gosto. 

- Mas também não falou que gosta. - Eu suspirei e não respondi nada. Ela suspirou também. 

- Não me deixa entre a cruz e a espada. 

- Não estou pedindo pra você escolher alguém. 

- Mas é praticamente isso que ta acontecendo a partir do momento que você não ta me dizendo o porquê. - Ela falou alto e magoada e eu não consegui a encarar. Por ciúmes Victória, era por isso. Eu não conseguia simplesmente responder isso. - Okay... é assim que vai ser então. - Ela andou até a saída e eu desejei afundar naquele chão. 

[...]

 A partir daquele dia ela só começou a se afastar. Ela não pedia mais ajuda com as roupas e maquiagem quando saía com ele, evitava ficar com ele quando eu estava por perto e também não falava mais nada sobre a relação dos dois. Me sentia mal por que eu sabia que aquilo era minha culpa, e apesar dela ainda fazer noite das garotas comigo e me contar as coisas do colégio, ela não era mais tão aberta. 

O Destino me Aguarda - O FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora