De acordo com a Terceira lei de Newton toda ação gera uma reação. Só que nem sempre estamos prontos para lidar com as consequências dos nossos atos. De vez em quando a vida vira de ponta cabeça e precisamos nos adaptar às mudanças.
O problema é que...
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Eu tenho uma pele grossa e um coração elástico
Mas sua lâmina pode ser muito afiada
Eu sou como um elástico,
até que você puxe com muita força
Sim, eu posso romper e me move rapidamente
Mas você não me verá cair.
Elastic Heart - Sia
As cinco e quarenta da manhã abri a porta do passageiro do carro com um sorriso inocente no rosto. Alec me encarou furioso, enquanto apertava com força o volante. Ele parecia estar se segurando para não pular em cima de mim naquele momento.
Ele era previsível demais, o que tornava muito fácil irritá-lo.
— Eu falei cinco e meia. — resmungou, dando partida no carro.
— Falou. — Sorri. — Mas eu esqueci.
Coloquei o cinto de segurança e liguei o rádio assim que passamos pelo portão. Fiquei mudando de estação em busca de alguma música que não fizesse meus ouvidos sangrarem. Infelizmente, não encontrei nenhuma rádio decente.
Depois de mudar pela enésima vez de estação, Alec resmungou alguma coisa e empurrou minha mão para longe do seu rádio. Ele me olhou feio e então desligou o som. Cruzei os braços e o encarei.
O silêncio se estendeu durante todo o trajeto até o colégio. Alec parecia estar se esforçando muito para ignorar minha presença ao seu lado, enquanto eu não parava de encará-lo. De vez em quando seus olhos castanhos desviavam das ruas para me olhar e ele acabava fazendo uma careta ao perceber que tinha sido flagrado.
Abri a porta no mesmo instante em que ele estacionou o carro um pouco depois do portão de entrada do colégio. Alec rapidamente segurou meu pulso e me obrigou a olhar em sua direção.
— Minha aula acaba às quatro. — avisou. — Vou amarrar você no teto do carro se você se atrasar.
Revirei os olhos quando ele me soltou e me afastei batendo os pés pelo caminho. Atravessei o jardim que estava vazio, devido ao horário e fui direto para o vestiário feminino. Vesti a camiseta polo branca e a saia azul marinho, prendi meu cabelo e fui em direção a quadra de tênis.
O Greenwood Elite College era imenso. Com um jardim no centro ladeado por quatro torres de cinco andares cada, onde as aulas aconteciam. Atrás dos prédios se encontrava a ala esportiva.
Passei direto pelo campo de futebol americano e ignorei os assobios dos jogadores que se alongavam. Revirei os olhos quando ouvi um deles chamar meu nome, mas sequer olhei em sua direção. Acelerei o passo quando os garotos do atletismo passaram por mim e só parei quando entrei na quadra de tênis.
