Trinta e sete

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Dois anos atrás

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Dois anos atrás

Não pode ser agora

Eu não vou dizer adeus

Aguente por sua vida

O medo em mim está crescendo

Como uma ressaca

Mas vou escapar das mãos do destino

Antes que ele sabe

Hold on for your life - Sam Tinnesz


DOIS ANOS ATRÁS

Eu não deveria ter bebido tanto.

Era nisso que eu estava pensando enquanto encarava o copo vermelho vazio que continuava segurando. Meu estômago estava começando a ficar embrulhado, mas eu não tinha forças para ficar em pé sozinha.

Fechei os olhos com força e encostei a cabeça no sofá, torcendo para minha visão voltar ao normal. Minha cabeça parecia pesar uma tonelada e eu só queria encontrar meus amigos e voltar para casa.

Respirei fundo algumas vezes antes de abrir os olhos e criar coragem para procurá-los para casa lotada. Andei ao redor da piscina, meio cambaleando, procurando por Amber e Mike, mas eles não estavam ali.

Senti o olhar faminto de alguns garotos sobre o meu corpo e instintivamente abaixei um pouco o meu vestido, numa tentativa de esconder meu corpo. Ignorei quando Caleb chamou meu nome e segui na direção oposta.

Entrei na casa, só para constatar que meus amigos não estavam ali também. Senti um aperto no peito e encarei a tela do celular pela décima vez, só para confirmar que não havia nenhuma ligação perdida deles.

Ao entrar na cozinha, encontrei Hunter, virando todo o conteúdo de um copo vermelho na boca. Um sorriso embriagado se formou em seu rosto quando seus olhos escuros encontraram os meus. Ele cambaleou na minha direção e passou o braço pelos meus ombros.

— Por que essa carinha triste? — Ele perguntou, fazendo beicinho.

— Você viu o Mike ou a Amber?

— Um passarinho me contou que sua amiga e o namorado foram dar um passeio noturno pela praia. — Hunter sussurrou. — Mike deve estar desmaiado em um dos quartos.

— Maravilha. — revirei os olhos.

— Aconteceu alguma coisa, monstrinho?

— Peso na consciência. — Admiti, engolindo a vontade de chorar. — Eu não deveria ter vindo...

Hunter fez uma careta e se afastou de mim, caminhando na direção do enorme sofá preto. Ele jogou seu corpo e então bateu a mão no espaço vazio, para que eu me sentasse ali. Assim que fiz o que ele queria, Hunter virou o rosto para me encarar e suspirou.

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