De acordo com a Terceira lei de Newton toda ação gera uma reação. Só que nem sempre estamos prontos para lidar com as consequências dos nossos atos. De vez em quando a vida vira de ponta cabeça e precisamos nos adaptar às mudanças.
O problema é que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sinta a fúria chegando
As resistências estão se esgotando
Nenhum lugar para correr de todo esse estrago
Nenhum lugar para se esconder de toda essa loucura
Madness - Ruelle
Abri os olhos ao acordar e demorei alguns segundos para me dar conta de onde estava. De alguma forma, no meio da noite, eu me virei e acabei dormindo com a cabeça no peito de Alec. Minha perna repousava em cima da dele e eu abraçava sua cintura.
Fiquei olhando-o dormir por alguns instantes. As lembranças da noite passada se misturavam com a realidade. O medo me invadiu no instante em que ele se remexeu. Temi que ele acordasse e se desse conta de que havia cometido um erro gigantesco ao dormir comigo. Temi que ele me expulsasse do quarto ou que voltasse a ser o garoto que fazia questão de me machucar.
Antes de descobrir o que aconteceria quando Alec abrisse os olhos, me afastei do seu corpo e andei na ponta dos pés até a porta do quarto. Ao abri-la, meu corpo congelou no lugar. Meu coração acelerou e por um segundo senti o desespero me dominar, até reconhecer o cabelo ruivo emaranhado e a cara de sono da minha melhor amiga, que estava saindo de fininho do quarto de Chase.
— Bom dia, Amber.
Ela sorriu, parecendo levemente envergonhada por ter sido flagrada fugindo. Suas bochechas coraram, mas então ela se deu conta que eu estava parada na frente do quarto do Alec e um sorriso malicioso surgiu no rosto dela.
— Dormiu bem, Mack? — Ela ergueu a sobrancelha e seus olhos brilhavam de diversão.
— Aposto que melhor que você. — provoquei. — Quer dizer, se é que você dormiu...
— Pelo jeito eu não fui a única a ter uma noite interessante, não é mesmo, monstrinho?
— Se você não falar nada, eu também não falo. — me apressei em dizer, torcendo para que ela não começasse seu interrogatório.
— Boa tentativa, mas eu não tenho nada a esconder. — Ela cruzou os braços e me olhou de cima abaixo. — Mas pelo jeito você tem alguns segredinhos...
Merda.
Eu conhecia aquela garota bem o suficiente para saber que ela não deixaria aquele assunto quieto. Se tinha uma coisa que Amber não sabia fazer era manter seu nariz longe de uma fofoca. E me pegar saindo do quarto de Alec um pouco depois de amanhecer era o seu tipo favorito de fofoca.
Não que ela fosse sair por aí contando para todo mundo o que tinha acabado de ver. Ela só precisava saber das coisas. Era mais pelo prazer se estar ciente de tudo o que acontecia ao seu redor do que para espalhar um boato.
