De acordo com a Terceira lei de Newton toda ação gera uma reação. Só que nem sempre estamos prontos para lidar com as consequências dos nossos atos. De vez em quando a vida vira de ponta cabeça e precisamos nos adaptar às mudanças.
O problema é que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Cale a boca, amor, fique e se entregue
Mãos santas, oh, elas me fazem uma pecadora
Como um rio, como um rio
Cale a boca e me percorra como um rio
River - Bishop Briggs
— E então? — Adrian perguntou, quebrou o silêncio que tinha se instalado durante o café da manhã inteiro. — Nada a declarar, Connor?
— Absolutamente nada. — Ele retrucou, antes de beber um gole do seu suco de laranja. — Mas e você, pai, tem alguma coisa a dizer?
Olhei para Chase, que estava sentado do outro lado da mesa, e o encontrei com um olhar tão confuso quanto o meu. Alec olhava do irmão para o pai, sem entender o que estava acontecendo.
Connor encarava Adrian da mesma forma que um predador olha para sua presa, antes de dar um bote. O clima na casa estava tenso desde a noite de sábado. A conversa na piscina com Connor pareceu ter o efeito contrário ao que eu esperava. Ele ficou ainda mais quieto e seu temperamento passou a ser ainda mais volátil.
— Quer saber? — Ele empurrou sua cadeira para trás, e se levantou. — Esquece.
— Senta, Connor. — ordenou Adrian.
Os dois se encararam, como se estivessem testando os limites um do outro. Adrian pousou sua xícara de café na mesa e endireitou a postura, como se estivesse se preparando para uma reunião importante. A expressão em seu rosto ficou mais séria e, pela primeira vez desde que me mudei para essa casa, ele pareceu estar irritado.
Connor fez o que seu pai mandou e se sentou, cruzando os braços.
— Não sei o que está acontecendo com você — Adrian começou a falar num tom firme. — mas se você quer agir como uma criança, vou te tratar como uma. Eu nunca gostei de ser autoritário ou de dar castigos, mas pelo que estou vendo, vou ter que agir dessa forma com você.
— O que você vai fazer? — retrucou Connor, cheio de ironia. — Colocar uma coleira no meu pescoço?
— Se for preciso sim. — Adrian rebateu, nenhum pouco incomodado com o tom de voz do filho. — Daquelas que dão choque quando o cachorro late. Parece bom para você?
Chase engasgou com seu suco e começou a tossir. Alec continuou impassível e eu precisei me segurar para não sorrir. Eu não estava acostumada a ver Adrian se intrometendo na vida dos filhos e, pela reação dos três garotos, eles estavam tão surpresos quanto eu.
— Quero você em casa depois das aulas e só vai poder sair, quando estiver acompanhado dos seus irmãos ou da Mackenzie. — Meu tutor falou, num tom autoritário. — E nada de drogas. Da próxima vez que eu te encontrar usando alguma coisa, vou te mandar para uma clínica de reabilitação. Estamos entendidos?
