De acordo com a Terceira lei de Newton toda ação gera uma reação. Só que nem sempre estamos prontos para lidar com as consequências dos nossos atos. De vez em quando a vida vira de ponta cabeça e precisamos nos adaptar às mudanças.
O problema é que...
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Não pode ser agora
Eu não vou dizer adeus
Aguente por sua vida
O medo em mim está crescendo
Como uma ressaca
Mas vou escapar das mãos do destino
Hold on for your life - Sam Tinnesz
Estremeci assim que saí do carro e observei o galpão Higgins. Apesar da porta estar fechada, era possível ver a luz lá de dentro através dos pequenos vãos entre as madeiras. O lado de fora era escuro e, tirando o som das cigarras, o lugar estava em silêncio.
Era estranho ver aquele lugar vazio. A última vez que o encontrei assim, foi quando Alec perdera seu carro naquela aposta idiota. Ainda me lembrava de como seu olho estava inchado e o lábio tinha um corte.
Dessa vez, no entanto, não era com ele que me preocupava. A imagem de Connor jogado no chão, com uma camiseta manchada de sangue e o rosto cheio de machucados me atormentava. Respirei fundo, temendo o que encontraria ao entrar naquele galpão, afinal Hunter já havia deixado claro que não batia muito bem da cabeça.
Sem muita cerimônia empurrei a porta e entrei. A primeira coisa que reparei foi no cheiro forte de gasolina. Meu corpo ficou tenso ao pensar no motivo disso e, a cada passo que eu dava, sentia meu coração bater mais rápido. Minhas mãos tremiam enquanto eu sentia que estava andando na direção do pior dia da minha vida mais uma vez.
Não havia sinal de Connor no galpão. Nem de Hunter, na verdade. Com exceção da luz acesa, era como se o lugar estivesse vazio desde a festa da semana passada.
Quer dizer, as manchas de sangue no chão pareciam recentes...
— Estou aqui, Hunter! — gritei erguendo os braços.
— Em tempo recorde, devo acrescentar. — ele respondeu, de algum lugar do segundo andar. — Sabe, eu me perguntei algumas vezes se você viria ou não...
Olhei para cima e encontrei Hunter com os braços apoiados no parapeito de madeira. Seus lábios estavam curvados para cima em um sorriso cruel e, mesmo de longe eu podia ver seu rosto coberto de respingos de sangue. Meu corpo ficou tenso ao imaginar o estado em que Connor se encontrava.
— Onde ele está?
— Connor não está aqui, se é isso que você quer saber.
— O que você fez?
— Digamos que seu irmãozinho e eu decidimos brincar um pouco. — ele sorriu um pouco mais. — Devo admitir, Mackenzie, ele é mais forte do que eu pensava. Demorou um pouco mais do que eu imaginei, mas eu ganhei, claro.
