14 - HURT [part two]

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Abril de 1999 — Há exatos 22 anos atrás.

Desde que Dean saíra de casa para cursar Engenharia Automotiva bem longe do Kansas, há quase 19 horas de distância, no Arizona. Voltar para Lawrence era um terrível tormento... A péssima relação com seu pai, fazia com que ele tivesse vontade de não vir em casa em feriado algum. Ele já não o atendia em seu aniversário, gostaria de poder o evitar em todas as ocasiões possíveis, mas aqui estava ele. Iria celebrar o feriado de ação de graças em casa antes de seu ultimo ano cursando Engenharia Automotiva. O Clima não era dos melhores, faltavam dois meses para o aniversário de 22 anos dele e sua mãe saíra com Sam para fazer mercado de última hora. Bom, isso foi o que ela disse, mas o rapaz sabia que aquela era a forma de sua mãe dizer "Converse com ele. Ele é seu pai, vocês não podem ficar se tratando assim em pleno dia de ação de graças".

Dean se ateve a ficar na cozinha e adiantar algumas coisas para a mãe, principalmente o peru, ela fazia um péssimo peru assado e o purê que o acompanhava, sempre, sempre ficava sem gosto. O rapaz amava cozinhar, desde criança. Ele gostava de ficar sentado em algum canto da cozinha enquanto assistia sua mãe andar de um lado para o outro pegando ingredientes para preparar alguma coisa.

Dean amava torta, e ele havia aprendido com Karen, esposa de Bobby, como fazer a sua torta preferida, a de maçã. Uma pena que ela não esteja mais entre eles. Fora difícil para todos a forma triste como ela morrera.

Ele balança a cabeça para afastar aquela memória.

O rapaz estava cortando batatas e colocando em uma panela de água fervente a medida que ia as cortando, com a destreza de um cozinheiro. Ok, ajudante de cozinha, é isso que ele fazia no Arizona para pagar o pequeno apartamento que morava. O jovem podia sentir os olhos do pai sobre ele, vindo de algum lugar da casa. Ele deu um olhar de esquina e identificou John Winchester escorado no batente da porta da cozinha.

— O senhor vai ficar ai me observando ou vai entrar na cozinha? — Pergunta bastante ríspido.

— Eu não sei em que mundo você andou vivendo nos últimos três anos, — diz entrando na cozinha — mas nesta casa você ainda me deve algum respeito.

Dean crava a faca que usava para cortar batatas na tábua de madeira e se vira para o pai.

— Que saber, pai? Chega! Eu não consigo mais fazer isso. — diz com raiva — Você não precisa fingir que gosta de manter contato comigo, só porque a mãe pede para que você o faça! Você não consegue ao menos olhar para mim. Desde que eu passei por aquela porta — Dean aponta para a porta da sala do outro lado do balcão — você olha para qualquer lugar que não seja para mim! E eu entendo, você me odeia. E eu posso lidar com isso! Depois de hoje, a próxima vez que eu voltar para Lawrence, vou fazer o que estiver ao meu alcance para que a gente nunca precise se ver. Então, não me venha com essa de respeito, porque isso é a última coisa que eu sinto por você!

The Night We Met [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora