19 - SIRENS

327 47 106
                                    



Dean assiste Castiel sair pela porta completamente confuso. O que aconteceu aqui? E por que seu amigo parecia ter saído tão chateado com ele? 

Se não bastasse tudo o que aconteceu nas últimas horas. Ter bebido demais. Ter cantado no karaokê com um completo estranho. Que agora não era assim tão estranho... E ter dado um passo a mais em aceitar sem medo quem ele era, ter ligado bêbado para seu amigo, e ter dormido seminu enroscado em seu corpo. Agora tinha isso. Aquela manhã tinha sido tão boa. Ter acordado ao redor de Cas, com ele fazendo cafuné em sua cabeça. Aquilo tinha sido incrível. Mas eles eram amigos, e Dean sentia que talvez tivesse ultrapassado limites, mas o moreno o disse que não. E eles tiveram um momento até Abel chegar. Abel. Ele ainda estava sentado ao lado de Dean. 

O loiro engole seco.

— Então, a gente vai almoçar ou? — O rapaz pergunta fazendo menção para porta. 

Dean coça a cabeça. 

— Abel... Eu... — Ele limpa a garganta. — É o seguinte, o que aconteceu ontem a noite, foi bom. Tipo... — Dean sorri ao se lembrar — realmente bom. Mas, eu preciso ir. 

Abel se levanta para dar passagem para Dean. 

Oh. Eu não sabia que você e Castiel estavam juntos. — Dean ri.

— Não estamos. Somos... amigos. 

O rapaz ri levantando uma sobrancelha como se duvidasse do que Dean havia dito.

— Tem certeza? Porque não foi o que pareceu quando eu cheguei.

— Mas é o que é.  — Dean diz sério. — E a propósito, não é da sua conta. 

Abel gargalha. 

— Aí. Isso doeu! — Diz cínico — Você foi mais carinhoso ontem a noite... — Dean queria enfiar sua cabeça na terra feito um avestruz por causa do comentário. Mas manteve a pose.

— Eu tenho que ir, Abel.

— Não estou te segurando. 

E aquela foi a deixa para o loiro sair praticamente correndo atrás de Castiel, apenas para descobrir que seu amigo já havia sumido. 

Merda, Cas! Por que você tem que ser... Tão você, meu Deus do céu! Por que esse drama todo?! Ok, vamos dirigir até a casa de Bobby e descobrir porque o abelhudo ficou chateado. Dirigir sem ter nada no estômago? Uma quarta-feira para mim, certo? Certo.

____________________________


Dean dirige seu impala 67 preto quase no limite da velocidade permitida. Ele estava preocupado. Só de pensar que ele possa ter chateado Castiel de alguma forma, o deixava inquieto. Então o rapaz fez um trajeto que geralmente levava 20 minutos, em 10. Se tinha algo que Dean odiava mais do que o cenário da música atual — menos Taylor Swift, ela tinha passe livre — era aborrecer alguém que ele se importava. Ele se importava com Cas, mais do que gostava de admitir.

Assim que estacionou no pátio do ferro-velho de Bobby, Dean desligou o motor do carro, respirou fundo de olhos fechados algumas vezes com as mãos ainda no volante, ergueu a cabeça e tornou a abri-los novamente, apenas para dar de cara com Castiel fumando seu cigarro enquanto caminhava em passos vagarosos até onde ele estava. O loiro saiu do carro, e bateu a porta com um baque, se encostando nela. Seu amigo não havia dito uma só palavra, ele apenas continuava a caminhar em sua direção, com o semblante indecifrável. O rapaz para praticamente em frente a Dean, seus olhos examinam cada detalhe do rosto de dele. Olhos sempre tão verdes, as sardinhas abaixo deles, seu nariz, e seus lábios... Ah, sim... Os lábios tão carnudos de Dean.

The Night We Met [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora