12 - NOTHING ELSE MATTERS

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Dean havia decidido naquela manhã, que ele faria duas coisas que havia deixado de fazer há algum tempo. Uma era ir até o mercado e fazer compras para casa, porque queria cozinhar algo para seu irmão e sua cunhada, que haviam ficado noivos no último fim de semana. Segunda coisa, era não deixar de ir a sua sessão de terapia. Ele estava fazendo a primeira coisa agora, estava no mercado. Ele deixaria as compras no porta malas de seu impala, enquanto estivesse em sua sessão com seu terapeuta. Ele havia ligado para Fred, na sexta-feira, perguntando se havia um horário vago na segunda-feira depois do almoço, seu terapeuta o colocou no horário das 16hr. O horário era ótimo porque batia com a hora que ele deixava o trabalho. Então, aqui estava ele com 20 minutos para comprar o que precisava, e ir para sua consulta.


O rapaz optou por fazer algo pratico, asinhas de frango temperadas ao alho, maionese e pimenta-jalapenho. Colocou um pacote de 1kg de asinhas congeladas no carrinho, quando passou na sessão de frios. Pegando as outras coisas em suas respectivas sessões. Quando chegou na parte de bebidas, Dean respirou fundo. E ficou confuso se levava 2 fardos de de 6 de longneck que ele e Sam costumavam tomar. Ou um fardo e uma garrafa de uísque. Ficou com a segunda opção. Sam e Eileen podiam ficar com as cervejas, ele estaria bem servido com o uísque.


Tudo comprado o loiro chegou as horas em seu relógio, e constatou que chegaria, no mínimo 10 minutos atrasado em na sessão com seu terapeuta. O rapaz andou o mais rápido que conseguiu empurrando o carrinho do mercado até o caixa vazio. E tratou de colocar o que havia comprado sobre esteira do caixa. Ele pagou pela compra, pegou as sacolas e se dirigiu até onde seu carro estava estacionado.

E enquanto ele caminhava até o seu impala, notou um homem mais velho e garoto que deveria ter no máximo uns 14 anos em uma discussão discreta. O pai falava de maneira baixa mais dura, e apontava o dedo para o filho, e o garoto se mantinha quieto com uma postura que Dean reconhecia. Era a de engolir palavras, e ranger tantos dentes que ele sentia a musculatura de seu maxilar se mexer. E de longe era o que ele conseguia ver e sentir que o garoto estava sendo oprimido por algo. E aquilo o acertou em um lugar muito obscuro de seu coração, que o fez desviar o olhar andar mais rápido para chegar logo até seu carro, abri o porta malas, guardar as compras com rapidez, e seguir para o seu destino seguinte. Ele não abriria essa caixa de pandora agora. Aqueles eram sentimentos que ele odiava se lembrava. Então ele não faria. Não agora.



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Há mais ou menos 15 minutos Dean estava sentando do mesmo jeito na poltrona do consultório de seu terapeuta. Ele não queria estar ali, de maneira nenhuma, mas ter conversado com Jody na noite passada, havia pesado em sua decisão. Ele achava aquilo uma bobagem, de certa forma, porque ele vinha se sentindo bem, ultimamente. Não estava bebendo tanto quanto costumava beber. Então para que ele precisava de terapia? 

Fred, seu terapeuta, suspira na cadeira a sua frente, e Dean o observa fazer anotações num bloco de notas. 

— Dean... — O homem a sua frente aparentava ter no máximo uns 50 anos. Cabelos grisalhos e barba do mesmo tom. Ele parecia cansado — Tem algo que você gostaria compartilhar hoje, ou nós ficaremos mais 15 minutos em absoluto silencio?

Fred vinha cuidando do caso de Dean a quase três anos. Algumas vezes, Dean quase conseguia tira-lo do serio. Outras vezes, seu terapeuta o vencia pelo cansaço.

— Doc... Eu não sei o que te contar... — Dean se serve um copo de agua — Eu me sinto bem... aparentemente.

Fred abre um sorriso reconfortante, e coloca as anotações que segurava na mesa perto de si.

The Night We Met [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora