The Night We Met [Destiel]

29 - FEEL

Alguns dias depois...

Os últimos dias haviam passado lentamente, Dean e Castiel viviam o romance deles, ainda longe do olhar de seus amigos. Apesar de Claire e Jack saberem abertamente do envolvimento dos dois homens, e de Sam ter algumas suspeitas que foram — mais ou menos — confirmadas por seu irmão mais velho.

As coisas pareciam estar estranhamente se encaixando, Claire e Jack estavam fazendo acompanhamento psicológico. Com o garoto, as sessões estavam sendo fáceis, Jack tinha a gana de entender o porquê de muitas vezes não sentir que ele pertencia aos lugares. Ele sabia, que parte disso deve-se ao fato de ter sido abandonado pelo pai em um orfanato quando ainda era criança. O garoto não sabia muito sobre sua mãe, apenas de que seu nome era Kelly Kline, e que ela havia falecido logo após seu parto. Então ele entrava em sua sessão com sua psicóloga, o que mais ele fazia, além de chorar muitas vezes, era falar.

Claire por outro lado, não estava levando a terapia assim tão "de boa". A garota não queria falar sobre sua mãe. Também não queria falar sobre o que sentia. Então a maior parte do tempo ela falava sobre a relação do pai com seu namorado Dean. E de como assistir o amor dos dois crescer a cada dia a inspiravam a manter a cabeça no lugar e esperar por dias melhores. Essa informação foi passada para o pai da garota, que, sabendo do quanto ela e seu namorado, haviam criado uma amizade, pediu para que Dean tentasse convencer a garota a se abrir sobre os seus sentimentos. Mesmo que não fosse de uma vez, ela precisava se abrir, para a psicóloga ter algum norte de direcioná-la. E foi o que o loiro fez, conversou com a garota, confidenciando a ela como para ele não havia sido difícil se abrir para uma pessoa estranha, que não o conhecia, e que provavelmente não o entenderia. Mas explicou a ela, que quando ele finalmente começou a se abrir para Fred, seu psicólogo, muita coisa mudou. Dean agora entendia porque por muitas vezes ele sentia uma raiva incontrolável e porque ele fazia o que podia para ajudar as pessoas ao seu redor. Pois a vida toda ele precisou que seus pais fizessem isso por ele, que fossem seus melhores amigos, e eles nunca foram. Dean tinha apenas a Sam, mas ele não dividia suas dores com o irmão, por medo de estar passando o fardo de sua vida para o mais novo. Porque ele tinha que se mostrar forte o tempo todo — assim seu pai fez parecer —, e na verdade tudo o que Dean precisava era ser ele mesmo.

Claire não se abriria para sua psicóloga apenas com aquela conversa com Dean, Castiel tinha certeza disso, mas aquela conversa a faria pensar no assunto. 

Em meio a isso tudo, Dean continuava a mexer no carro que Cas havia escolhido para reformar. E o loiro não podia estar mais orgulhoso, afinal de contas, não era todo dia que ele podia ter o prazer de reformar um camaro ss 69. O rapaz não via a hora de chegar aos retoques finais e poder pintá-lo Ele sabia exatamente a cor que daria aquele carro: Azul celeste. Como o céu. Sim! Ele era um romântico incurável. Mas ele não podia evitar, aquela era a primeira vez em que ele podia amar sem medo. Dean nunca havia amado alguém como ele se sentia sobre Cas agora. Ok, ele teve relacionamentos anteriores, mas os sentimentos que tivera, não eram nem de longe parecidos com os que ele sentia no momento.

Dean se sentia livre. E feliz por estar apaixonado, claro, que uma vez ou outra, ele sentia a ansiedade tomar conta de seu cérebro, o fazendo criar cenários que previam o fim dessa fantasia, mas Dean fazia como Taylor Swift dizia na música: shake it off! Deixar para lá, era o melhor que ele podia fazer quando pensamentos assim o perturbavam.