20 - ELETRICAL STORM

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Depois da noite passada, a cabeça de Castiel estava por todo o lugar. Tudo o que ele conseguia pensar era no momento em que ele Dean tiveram e em como o seu coração parecia que saltaria do peito a qualquer momento. Ele não beijou Dean, não por que não quisesse, por que, Deus! Ele queria e como ele queria. Mas ele não queria apressar as coisas, eles haviam bebido e mesmo que ambos nem ao menos estivessem bêbados, a bebida pode influenciar em certas coisas e Cas queria que, o que tivesse de acontecer entre os dois, fosse sem influência alguma. Apenas do que ambos estariam sentindo no momento. Meio besta ele pensar assim? Talvez. Mas ele passara anos revivendo o beijo que tiveram no passado e os dois estavam bêbados. Ele não queria que dessa vez fosse desse jeito também e que Dean o dissesse algo como disse no passado. Porque no passado, estava tudo bem, pois Castiel mesmo estava se descobrindo, mas agora? Ele sabe muito bem o que quer. E Dean aparentemente também. Uma desculpa daquelas, Cas tinha certeza que não aguentaria ouvir. Ele estava emocionalmente frágil, apesar de se esforçar para manter a armadura que veste todos os dias para se proteger de tudo. Mas que aparentemente, Dean havia achado uma brecha por ela, porque a cada dia, a cada toque, a cada risada, Castiel estava baixando sua guarda. E tudo isso por causa de Dean.

Eles acordaram na manhã seguinte e Dean nunca pareceu mais lindo. Suas bochechas tinham um leve tom de vermelho e ele se atropelava nas coisas que dizia. Ou as dizia muito rápido ou não conseguia se lembrar da palavra exata que queria dizer. Castiel se pegou achando aquilo fofo. Dean estava aéreo, assim como o moreno estava. Cas o ajudou a fazer sua mala, quer dizer, mochila de roupa, porque aparentemente Dean não tem noção de quantas roupas veste por dias da semana. E como eles ficariam um dia na estrada, um em Boston e mais um na estrada, quer dizer, se tudo saísse como Castiel estava planejando.

Quando finalmente estavam na casa de Bobby, onde todos já estavam acordados, ele deixou Dean no andar de baixo, e subiu para seu quarto para fazer uma mochila de roupas. Ele pegou 4 camisetas cinzas, 2 overshits e 2 flanelas. 2 calças jeans, cuecas e seu pijama. Sim, ele iria levar sua calça espacial para viajem, porque eram confortáveis e ventava demais em Boston. Quando estava colocando uma necessaire com escova, pasta de dentes e outras coisas, sua filha Claire bateu na porta de seu quarto. Ele terminou de fechar a necessaire, e olhou para ela.

— Bom dia, abelhuda. Precisa de alguma coisa? — O rapaz pergunta com um sorriso.

Ela concorda com a cabeça e caminha até seu pai o segurando pela mão e se sentando com ele em sua cama.

— O que foi, Claire? Você está com aquela cara séria que faz toda vez que quer dizer algo importante. — Ele diz animado e sua filha sorri balançando a cabeça. — O que? Sou seu pai, eu conheço você muito bem.

Claire leva a mão de seu pai que segurava aos lábios.

— Eu sei disso, pai. — Ela olha em seus olhos. Olhos de oceano feitos os dela. — E eu conheço você muito bem também abelhudo, — ela começa — e é por te conhecer bem que eu vou dizer uma ou três coisas, que você deveria saber, mas tem se negado a reconhecer. — Castiel engole seco. — Você merece ser feliz, sabia? E quero dizer isso num geral. Eu sei que voltar a Boston é doloroso para você, eu mesma ficaria aterrorizada se tivesse que voltar com você para lá, ainda mais de carro. Você sabe como me sinto sobre as estradas de lá... — Ela respira fundo — Mas enfim, eu quero te dizer uma coisa, permita-se se divertir na viagem. Você está com Dean e ele é uma das pessoas que mais conseguem divertir você — Cas tenta protestar, mas Claire o interrompe — Não minta. Você sabe que estou certa. Deixa ele criar uma memória boa daquele cidade para você, pai. Ele é seu amigo e ele te adora. Por favor, pare de ouvir essas vozes na sua cabeça por uns dias e apenas se permita viver um pouco. Estou te implorando, pai! Você merece tudo de bom dessa vida, — ela beija as mãos de seu pai de novo — mas tem que deixar a luz entrar para fazer morada, meu velho. Por favor.

The Night We Met [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora