The Night We Met [Destiel]

2 - TROUBLE IN SHANGRI-LA

Charlie Bradbury era essa garota baixinha de cabelos ruivos, inquieta, nerd, mega inteligente e a melhor amiga de Dean Winchester. Eles se conheceram quando a mesma tinha 12 anos, Dean 18 e Sam 14. A pequena Char, passava pelo pior momento de sua vida, a morte de seus pais em um trágico acidente de carro. Sua guarda então foi dada ao irmão mais velho de seu pai, Bobby Singer, que também era amigo da família Winchester.

No dia em que deveria ter sido o pior dia de sua vida, Charlie Bradbury encontrou motivos para sorrir ao fazer amizade com os irmãos Winchesters. Ela cresceu sendo para Dean a irmão mais nova que ele nunca quis, e para Sam a irmã nerd que ele precisava. A amizade dos três foi crescendo e se tornando cada vez mais forte à medida em que os anos se passavam, mas foi quando ela foi para universidade que essa amizade se solidificou ainda mais com Dean.

Na época, Dean já havia se formado em mecânica, e morava sozinho há dois anos, já que Sam havia se mudado para o dormitório da universidade de direito em Ohio desde que seus pais os abandonaram para irem viver em um rancho na Carolina do Sul.
Em uma das vezes que fora a uma das festas de sua fraternidade, Charlie precisou da ajuda do amigo, e Dean mais do que depressa entrou em seu carro no meio de uma madrugada chuvosa e foi resgata-la, sem saber direito o que estava acontecendo. Foi só quando ao chegar no endereço dado pela amiga de Charlie, Meg Masters, que o loiro sentiu seu mundo sumir de baixo de seus pés. A baixinha ruiva saía de dentro de uma das casas em uma maca e foi colocada dentro da ambulância. Dean sentiu como se seu coração estivesse parado por segundos até conseguir sair do carro e conversar com os paramédicos. Alguém havia drogado Charlie, e que Meg, que naquele momento conversava com os policiais havia chegado a tempo de evitar que algo pior tivesse acontecido a garota. Também foi naquela noite que Dean descobriu que Charlie era lésbica, e que Meg Masters, na verdade era sua namorada. Dean se lembra de conversar com sua amiga horas depois que ela estava bem no quarto de hospital, e fazer piada sobre o que acontecera com ela...

"— Então basicamente, eu vim aqui para quase enfartar e descobrir que você não é somente lésbica, como tem uma namorada gostosa? — Ele diz de maneira brincalhona fazendo a ruiva rir.

— O que eu posso dizer? Nem todo mundo tem a sorte de ser Charlie Bradbury.

— Eu acho que você quis dizer Celeste Middleton, não? — A garota ruiva, revira os olhos e acerta Dean com as costas de uma de suas mãos que estava livre.

— Esse nome não existe desde 1998. Xiu! — Dean sorri e levanta as mãos como se estivesse se rendendo.

— Ok. Não está mais aqui quem falou. — Diz brincalhão. — Mas me diga, ruiva, quando você acha que sai daqui para eu poder levar você e sua namorada para jantar?

— Isso não é um convite para um a três não, né?

— Você tem uma cadeira chinesa?

— Não!!

— Sério?

— Dean! Não. Isso é nojento. CALADO."

Charlie ria todas as vezes que se lembrava disso. Dean era seu irmão mais velho, um que ela nunca achou que fosse precisar ter. Ela cresceu olhando para Dean, como quem olha para um herói, apesar de preferir heroínas. Mas ela podia abrir uma exceção a Dean.

Bradbury morava com seu tio Bobby desde que perdera seus pais, ele era durão, mas de um incrível coração. Quando a ruiva se assumiu lésbica para o tio, o medo de não ser aceita por ele foi grande, mas esse medo caiu por terra, quando Bobby disse a sobrinha de modo carinhoso "filha, apenas siga a sua verdade". Ele também foi o que mais apoiou sua sobrinha quando a mesma decidiu que faria TI, curso no qual ela trabalha na área, e ainda arranja tempo para ajudar no bar do tio quando o mesmo precisa de reforços. Não que ele apareça muito no Singer's Roadhouse, pois o mesmo tem uma parceria com seu amigo, Chuck Shurley que é responsável pelo bar para que seu tio não tenha que trabalhar tanto. Entenda, Bobby Singer já estava na casa dos 70 anos, e mesmo que ele diga que era forte como um touro, Charlie sabia que não era bem verdade. Já era muito que ela deixasse o tio ainda manter o ferro velho da casa deles, trabalhar em turnos noturnos com a saúde que o velho tinha? Não mesmo!