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Meus batimentos cardíacos estavam explodindo de tanta ansiedade, eu mal conseguia me manter quieto no banco do carro, sempre mudava minha posição e nenhuma parecia confortável. Fomos de carona com meu primo mais velho, o mesmo também queria ir até a boate, na verdade, ele ia até mesmo sem nós. Jongin não parecia nervoso, eu diria que estava ao contrário de nervoso, ele possuía um sorriso enorme no rosto e cantava as músicas que tocavam pelo rádio do veículo. Eu daria uma bronca nele, se não estivesse tão nervoso.

Quando meu primo estacionou o carro, consegui ouvir a música alta de longe, Gangnam e conhecida por ter as maiores festas é DJs, por isso aquilo me assustava ainda mais, saber que Nayeon gostava de coisas desse tipo. Pra falar a verdade, eu inventei uma garota totalmente diferente da que eu vía na cafeteria, em meus pensamentos, ela era doce, reservada e gentil. Mas, pelo jeito, nem tudo é como queremos, eu teria de me acostumar se isso ficar sério.

Nós descemos do carro e a multidão para entrar dentro me deixou espantado, por que as pessoas iriam sair de uma casa quentinha e confortável, para ficar na rua fria e escura? Ah, é mesmo... Eu também estava naquele meio.

Entramos na fila e eu pensei se realmente valeria a pena passar por tudo aquilo, eu estava sinceramente cogitando a ideia de voltar para a casa dos meus tios de táxi. Meu primo se afastou de nós e foi até a porta de entrada da boate, não conseguimos mais vê-lo, eu e Jongin ficamos confusos pela sua atitude.

— O que acha que ele vai fazer? — me questionou, olhando em volta.

— Sei lá, mas coisa boa não deve ser. Conheço ele muito bem! — dei de ombros, cruzando meus ombros.

Nós demos dois passos para frente, tentei me aquecer um pouco passando minhas mãos pelos braços, olhei para o lado e o Kim conversava com algumas garotas que estavam atrás de nós, revirei os olhos, típico. O garoto voltou com um sorriso no rosto e se aproximou, dei um tapa em seu braço e o repreendi por ter se separado de nós sem dizer para onde ia.

— Calma, calma. — pediu, se defendendo — Eu consegui algo impressionante!

— E o que seria? — perguntei, sem dar muita importância.

— Nós vamos poder entrar agora mesmo! Conversei com o segurança.

Eu fiquei receoso pela maneira que ele “conseguiu” falar com o segurança, mas não deixei de acompanhar seus passos para frente, Jongin também nos seguiu. Entramos na frente de todas aquelas pessoas, consegui sentir os olhares de confusão deles sobre nós, mas tentei não me importar muito com isso. Quando estávamos dentro, meus batimentos voltaram a acelerar, a batida da música eletrônica estava ainda mais alta, vários corpos pulando na pista de dança e uma mesa enorme de DJ no palco.

Eu nunca tinha ido a um lugar daquele antes, não sabia nem por onde começar, minha ideia de diversão é completamente inversa desta. Porém, meu primo e Jongin pareciam muito habituados, logo fui deixado de lado por ambos que correram para se juntar aos outros que dançavam. Suspirei frustado e avistei o lugar onde o barman ficava, mas não foi as bebidas que me chamaram a atenção, e sim, os bancos que eu poderia me sentar.

Me acomodei em um e olhei em volta, o barman me perguntou se eu queria algo, mas recusei, não era muito fã de bebidas. Tentei me controlar um pouco, eu estava muito tenso, gostaria de acabar essa agonia indo embora, mas com certeza serei arrastado para cá de novo. Então, me contentei comigo e meus pensamentos, obviamente eu não veria Nayeon por aqui, isso seria mais do que impossível com todo esse pessoal juntos. Mas, eu não conseguia deixar de ter uma sensação estranha em meu peito, não sabia explicar o que poderia ser.

Três garotas também se sentaram nos bancos restantes, eu mal me importei, continuei observando tudo o que ocorria ao redor.

— Unnie, você não vai beber?

— Vou deixar para mais tarde, agora... Eu só quero aproveitar. — respondeu uma voz conhecida.

Eu olhei para o lado delas e me surpreendi ao perceber que ao meu lado estava a garota de cabelos curtos e o sorriso radiante. Pisquei os olhos duas vezes, tentando encontrar explicações para aquele acontecimento maluco, mas nada me vinha em mente. Devo ter sido percebido pela sua amiga, já que ela apontou discretamente em minha direção, mas como eu encarava a garota ao meu lado mais do que necessário, consegui ver o que ela tinha feito.

Ao virar seu rosto para mim, meu coração pareceu parar de bater por um momento e logo voltado, senti todo o meu corpo gelado, como se tivesse caído em um Rio congelado.

— É você! - sorriu aberto, olhando para mim — O que faz aqui?

Eu não conseguia fazer mais nada a não ser olhá-la, parecia que uma áurea radiante emanava de seu rosto, seu sorriso era o que mais me chamava a atenção. Como eu senti falta dele.

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