KyungsooEu estava extremamente nervoso, meu coração batia incontrolável no peito e eu não conseguia me acalmar. Tudo isso porque mostraria Nayeon para a minha mãe, Kim Jongin também viria para Seul, somente para presenciar esse momento, então isso tornava ainda mais complicado.
Aconteceu tão rápido e eu mal consegui processar uma resposta quando minha mãe pediu para conhecê-la. Então resolvemos preparar um jantar no meu dia de folga, para que tudo ficasse confortável. Nayeon também parecia nervosa, quando falei com ela sobre o jantar, a garota faltou ter um ataque de tão surpresa.
Seria um passo muito grande na nossa relação, mas eu queria que acontecesse, precisava mostrar pra ela que a amo. Não podia deixar que aquelas inseguranças voltassem para a garota, ela não é assim e esse problema não irá impedir que fiquemos juntos – como eu sempre imaginei.
A porta de casa se abriu e dela revelou-se o garoto, ele estava completamente estiloso com suas roupas excêntricas e parece que deixou o cabelo crescer um pouco mais. Sorri e me aproximei, pronto para dar um abraço nele – eu precisava de algum consolo naquela hora.
— Também senti sua falta, amigo! — disse, logo nos afastamos.
Fomos até a cozinha, onde minha mãe terminava os preparativos, ela também abraçou Jongin e retornou para o seu serviço. Ficamos cada um ao lado dela, observando seus dedos ágeis cortar os legumes.
— Sra. Do, algum dia em sua vida, achou que esse dia chegaria? — questionou o Kim, com seu tom dramático.
— Pra ser sincera... Não.
— Mãe! — exclamei surpreso.
— Desculpe, querido, mas é a verdade.
Demos risadas uma outra vez, realmente era estranho pensar que depois de tantos anos sozinho, eu tinha uma namorada. Meu plano de adotar cachorrinhos e gatinhos para preencher meu vazio emocional e morar em um apartamento sozinho foi por água baixo, mas eu estava feliz que isso não se concretizou. Eu tinha uma pessoa muito maravilhosa e não compreendida, Nayeon é uma caixinha de surpresas.
Batidas foram dadas na porta, com certeza era ela, o carteiro já tinha passado por aqui faziam algumas horas.
Fui em passos lentos até o lugar, segurei na maçaneta e respirei fundo, abrindo a porta. Quando nossos olhares se encontraram, foi como se o tempo tivesse parado, somente consegui me concentrar naquele sorriso brilhante.
— Oi, Kyung. — disse tímida.
— E-Entre...
Dei passagem para que a garota entrasse, foram segundos muito rápidos, mas que fizeram meu corpo todo flutuar, ao sentir lábios quentes sobre a minha bochecha. Sorri aberto e retornei a fechar a porta, segurei em sua mão e a levei até onde estavam os outros. Nayeon parecia tensa, deve ser muita pressão, mas ela conseguia disfarçar bem isso.
— Mamãe e Jongin, quero que conheçam a minha namorada, Im Nayeon! — senti a mesma apertar um pouco mais forte minha mão.
— Oh, querida... Venha até aqui, quero te dar um abraço!
A garota de cabelos curtos foi hesitante até onde minha mãe estava, a mulher lhe deu um abraço de – literalmente – tirar o fôlego. Jongin apertou sua mão e a cumprimentou sorridente, Nayeon fez o mesmo, logo voltando para o meu lado.
— Não vamos esperar, está na hora de comer!
— Essa é a melhor parte.
Rimos pelo comentário do mesmo e fomos para a sala de jantar, sentei ao lado de Nayeon e minha mãe, enquanto Jongin ficou de frente para mim. Cada um se serviu e começamos a comer em silêncio, Nayeon suspirou de aprovação e elogiou muito a comida de minha mãe, ela estava ficando cheia de si ao ouvi-la.
— No que trabalha, Nayeon? — perguntou minha mãe.
— Bem... Eu trabalho numa cafeteria perto do centro da cidade, tenho várias funções lá dentro.
— Eu não poderia trabalhar em um lugar assim, engordaria todos os dias só provando as sobremesas! — nós rimos juntos.
— Tia, somos dois! — alegou Jongin, rindo alto.
Um clima hostil se instalou naquele lugar, meu nervosismo estava se desfazendo aos poucos. Logo depois, Nayeon e minha mãe tiveram uma conversa sobre como era feito os desenhos nos cafés, eu achei engraçado a garota tentando explicar e minha mãe complicando sua vida.
— Você deveria vir aqui em casa de novo e preparar um para nós!
— Seria uma honra, Sra. Do. — ela fez uma reverência, sorrindo aberto.
Assim que todos nós terminamos de comer, fomos até a sala e sentamos no sofá. Eu não entendi o porquê de Jongin voltar para a sala com uma pasta gigante, mas assim que vi o que estava escrito na pasta, arregalei os olhos.
— Agora, está na hora de envergonhar um pouco Do Kyungsoo!
— Kim Jongin, se você tem amor a sua vida, não faça isso!
Ele ignorou o que eu disse e sentou-se ao lado de Nayeon, abrindo a pasta, revelando várias fotos minhas quando criança.
— Olha a cara de otário dele! — deu risada, a mesma o acompanhou.
— Você sempre foi tão fofo, Kyung! — ela olhou pra mim e depois voltou sua atenção para a pasta.
— Mamãe, faça alguma coisa!
— O que eu posso fazer? — deu de ombros — Quando ele pega essa pasta, não tem quem o pare.
Passei uma mão no rosto envergonhado, eu com certeza deveria estar da cor de um tomate. Não olhei mais para eles, só escutei suas risadas altas, era humilhante demais.
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Behind the Smile
FanficPor detrás do sorriso de Im Nayeon, havia uma dor incurável que se formou em seu coração há vários anos atrás. Por detrás do rosto sério de Do Kyungsoo, existia um garoto tímido e reservado, que somente precisava de afeto. Uma fanfic de @imagineyou...