Behind the Smile

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Kyungsoo

Fiquei pensando quase o dia todo em Nayeon e sua expressão triste ao vê-la na cafeteria. Não fazia sentido, já que em Gangnam ela estava com um ótimo humor, e agora, parecia completamente diferente. Mesmo que eu perguntasse, ela nunca me diria, a garota tem essa mania de querer demonstrar sempre que está tudo bem.

Por isso, antes de voltar para casa, eu decidi que iria encontrá-la e tentar fazer com que fique melhor. Eu mal podia esperar para ver a reação dela ao ver o que eu tinha comprado, sei que onde ela trabalhava há vários alimentos doces, mas eu queria dar algo que a mesma goste e por enquanto essa é a única coisa que sei que ela adora.

Pedi que ela me encontrasse na rua do parque, não fica muito longe do seu trabalho, pois eu não queria que ela se atrasasse por minha culpa. Afinal, eu quem tinha a chamado e ela ainda estava em seu horário de intervalo, mas eu iria fazer com que valesse apena. Apressei meus passos até o lugar, não querendo fazer com que ela ficasse esperando, eu sei bem como é a sensação de abandono e não gostaria que a mesma sentisse isso.

Avistei uma garota de cabelos curtos e o uniforme familiar esperando por mim, ela olhava para os carros e as pessoas que passavam distraidamente, parecia preocupada e ansiosa. Andei devagar até a mesma e cutuquei duas vezes seu ombro, ela se virou e um sorriso de coração se abriu em seus lábios.

— Olá. — cumprimentei, olhando seu rosto mais de perto.

— Oi, Kyung.

Ela continuava com aquela vaga expressão, senti meu coração apertar no peito, eu queria entender o motivo de sua melancolia. Rapidamente ergui a sacolinha com a caixa de biscoitos e dei para ela, Nayeon pegou e começou a abrir curiosa. Assim que viu o que eu comprei, seu sorriso se esticou mais ainda, eu amei ver sua faceta daquele modo.

— Eu amo esses biscoitos!

— Eu sei... Queria comprar pra melhorar um pouco seu dia.

Ela abaixou a caixinha e me olhou, me senti um pouco envergonhado, por isso abaixei meu rosto de imediato.

— Por que é tão bom pra mim? — perguntou de repente, me surpreendendo.

— É-É... — fixei meus olhos no chão, tentando reunir coragem para dizer para ela — N-Nós so-somos amigos, então... É meu dever te deixar feliz.

Droga!

Não consegui falar realmente o porquê de fazer tudo isso pra ela, perdi uma outra ótima oportunidade e não sei por quanto tempo mais irei ficar hesitando assim.

— Se você diz, eu confiarei em você!

Pelo menos, eu consegui deixá-la mais contente e era isso o que importava no momento. Ainda estrada cedo para me confessar, mesmo que eu quisesse fazer isso há muito tempo, eu precisava respeitar seu espaço.

Ficamos aquele tempinho juntos, conversando mais um pouco e observando a paisagem. Cada vez mais, eu me apaixonava pela sua maneira, mesmo que fosse totalmente diferente da minha, era bom ter sua companhia.