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Kyungsoo













Recebi uma ligação do detetive e não hesitei em sair mais cedo do trabalho para ir até a delegacia. Ele me disse que tinha algo importante para falar comigo e eu esperava que fosse uma notícia boa.

Desliguei o carro assim que estacionei corretamente, desci do veículo e tranquei. Meu coração estava batendo forte e minhas mãos suavam, isso sempre acontece quando fico em uma situação extremamente estressante. Entrei dentro da delegacia e pedi para um policial conhecido chamar o detetive, pois o próprio havia me ligado.

Ele pediu que o acompanhasse e eu fiz o que me foi dito, caminhamos juntos até um corredor e ele abriu a porta que tinha uma pequena janelinha. Assim que me viu, o detetive se levantou de sua cadeira e estendeu a mão, me cumprimentando. Correspondi o aceno e sorri para o homem, nos sentamos nas cadeiras e ele me ofereceu café, eu neguei educadamente.

— Bom, Kyungsoo... — começou, raspando sua garganta — Eu te liguei pra falar sobre Kim Junmyeon.

— O que aconteceu?

Ele me olhou parecendo preocupado, não entendi absolutamente nada do que estava acontecendo.

— Ele tinha se mudado para Busan recentemente e alguém o reconheceu por lá, ficou preso por apenas cinco dias e pagaram sua fiança.

— Quem pagou? — perguntei, me exaltando.

Não podia acreditar que fizeram isso para esse monstro, fechei minha mão em um punho e tentei me acalmar.

— Os pais dele são as pessoas mais ricas de Busan, foram eles que pagaram.

Abri a boca surpreso, agora fazia sentido, todos os podres de Kim Junmyeon eram encobertos pelos pais. Por isso não havia uma denúncia em seu histórico, pode até ser que uma mulher tivesse coragem o suficiente para enfrentá-lo, mas ele conseguiria escapar de qualquer jeito.

Eu me senti impotente, no final, tudo girava em torno do dinheiro e a justiça não seria feita pela minha namorada. Agradeci o mesmo pelas notícias, ele me prometeu que ficaria de olho nele e me avisaria sobre qualquer perigo.

Não era nada do que eu queria que acontecesse, mas precisava me contentar com os poucos dias que aquele bastardo ficou preso. Eu voltaria para casa com uma péssima notícia, tenho certeza de que Nayeon está feliz agora arrumando minhas coisas em seu apartamento.

Fiz todo o trajeto até meu carro novamente, liguei o motor e saí pela rua. Eu não suporto pensar que ele está sendo beneficiado, porém espero que todas as suas escolhas venham com uma consequência terrível. Tudo o que fez Nayeon passar não podia ser esquecido, ele a usou e a deixou quebrada em pedaços pequeninhos, que eu tive que juntar conforme o tempo.

O trajeto todo fiquei pensando em tudo o que o detetive me disse, esperava que ele não tivesse a ousadia para voltar e aparecer para nós. Mas, duvido que vá fazer isso, já que estamos sendo protegidos pela polícia.

Cheguei no apartamento e abri a porta que não estava trancada dessa vez. Tudo estava escuro, então passei a mão na parede onde estava o interruptor de luz e apertei para cima.

— Surpresa! — uma garota sorridente gritou, enquanto confetes eram jogados em meu rosto.

Olhei para cima e vi uma faixa escrito: “Seja bem-vindo”. Ela vestia um chapeuzinho de festa e me olhava muito alegre. Me aproximei da mesma e sorri também, não esperando essa surpresa.

— Obrigado, jagiya! — abracei a mesma, ela retribuiu.

— Eu queria te dar umas boas-vindas grandiosa, mas isso foi tudo o que consegui.

— Eu amei!


Nos afastamos e olhamos um para o outro, acabamos nos beijando lentamente. Comecei a caminhar até o sofá, ela se sentou desajeitada e eu fiquei por cima, me apoiando nos joelhos para que meu peso não fosse todo depositado nela.

O beijo ficou mais intenso, com uma mão Nayeon segurou minha cintura e com a outra segurou minhas costas; enquanto as minhas se perdiam em seus fios curtos. Nossos lábios se movimentavam em sincronia, meu coração estava acelerado demais e eu fiquei muito quente por dentro.

A garota se mantinha inquieta embaixo de mim, me tocava de forma sedenta e me puxava para perto. No começo do nosso relacionamento, admito que fiquei várias vezes receoso em beijá-la, mas agora consigo fazer isso sem medo algum.

Porém, me lembrei mais uma vez do que o detetive me disse, eu precisava falar para a garota, ela também tinha o direito de saber. Me afastei aos poucos de sua boca, dei selinhos demorados e ela mordiscou meu lábio inferior, sorrindo em seguida. A mesma me olhou parecendo curiosa, deixou suas mãos em cima das minhas coxas e eu abaixei o olhar envergonhado.

— Eu tenho algo pra te dizer...

— O que foi, Kyung? — perguntou. Ela levantou meu rosto com um dedo em meu queixo.

— É-É... Eu... Tive uma conversa com o detetive depois que saí do trabalho e... Kim Junmyeon foi preso, mas só ficou por cinco dias na cadeia em Busan.

Ela ficou surpresa, mas não pareceu tão afetada quanto imaginei, Nayeon abriu um sorriso e segurou em minha mão.

— Está tudo bem.

— Como está tudo bem? — perguntei, nervoso — Aquele idiota está solto por aí e não pagou nem metade do que merecia pagar.

— Kyungsoo, me escuta! — pediu, segurando meu rosto — Se nada daquilo não tivesse acontecido comigo e eu não tivesse me mudado para Seul, eu nunca teria conhecido você, então... O que realmente importa é que estamos juntos!

Behind the Smile Onde histórias criam vida. Descubra agora