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Kyungsoo














Eu olhava para o relógio da loja a todo momento, esperando dar o horário certo para Nayeon sair do trabalho dela. Depois de tudo o que ela me disse, não deixaria que fosse embora sozinha, de manhã eu tinha ido levá-la, agora, estarei indo buscá-la. Conversei com meu chefe sobre isso e estava tudo bem para o mesmo, ele é uma boa pessoa e não me ameaçou mandar embora, como imaginei que seria.

Tinha se passado dois dias e eu ainda continuava me lembrando de tudo, o olhar triste dela quebrou meu coração em pedacinhos, se eu soubesse que aquele cara tinha feito todo esse estrago, eu teria o confrontado naquele dia da biblioteca.

Nayeon estava diferente comigo, não de uma forma ruim, mas ela parecia confiar mais em mim e contava várias coisas que antes evitava. Mesmo sabendo de toda a história, eu estava me sentindo ótimo em ver que agora eu era tratado de outro jeito, porém ao contrário de Junmyeon, não forçaria a garota a fazer nada que não quisesse.

Quando finalmente deu o horário, tirei meu avental do corpo e deixei em cima da bancada. Fechei toda a loja e virei a placa de “aberto” para “fechado”, guardei as chaves em meu bolso da calça e saí em disparada até a cafeteria. Se eu chegasse atrasado, ela provavelmente iria embora sozinha, então eu me certificava sempre de sair mais cedo do meu trabalho para que isso não acontecesse.

Enquanto andava pelas ruas despreocupado, eu me perguntava até quando esconderia dela esses meus sentimentos. Primeiro que eu não imaginaria que algum dia eu me tornasse seu amigo, agora falar para ela tudo o que sinto seria mais um obstáculo para ser ultrapassado. Nayeon já se machucou o suficiente, tudo o que menos quero é que ela pense que eu serei mais um egoísta e a tratarei mal. O que não quero, é vê-la sofrendo, e tudo ainda está tão recente, fico assustado como as formas aconteceram entre a gente.

Avistei o lugar há poucos metros de mim, do lado de fora, já estava a mesma e mais uma garota – que eu soube que é sua melhor amiga. Me aproximei um pouco hesitante, pois ambas conversavam animadamente e eu não gostaria de estragar aquele momento. Porém, assim que Nayeon me avistou, sua expressão de alegria encheu meu peito de ternura.

Ela fez um sinal para que eu me aproximasse e foi isso o que eu fiz, envergonhado pela sua atitude. A garota de repente segurou firme em meu braço e me puxou para ficar ao seu lado, minhas bochechas esquentaram e meu coração palpitou mais rápido.

— Tzuyu, esse é meu amigo, Do Kyungsoo! — disse, abrindo um sorriso radiante.

— É um prazer conhecê-lo! Nayeon fala demais sobre você.

— Mesmo? — perguntei esperançoso, ela concordou sorrindo.

Ficamos conversando por mais alguns minutos, achei Tzuyu uma garota legal, ela parecia ser gentil e inteligente, agradeço por ela ter ajudado Nayeon em um momento tão difícil. Nos despedimos e finalmente começamos a andar rumo ao apartamento da garota, fiquei ansioso de repente, saber aquilo da sua amiga me deixou extremamente feliz.

— Você está muito calado hoje... — disse a garota, me tirando do transe — Aconteceu alguma coisa?

— Não, nada.

Mordi os lábios apreensivo, tentando reunir alguma coragem dentro de mim para dizer o que eu tanto queria. Olhei para o lado e a luz do pôr-do-sol brilhando em metade de seu rosto a deixava ainda mais bela, meu coração não se mantinha quieto dentro do meu peito.

— Na-Nayeon... — chamei, fazendo-a virar o rosto e me olhar no mesmo momento — E-Eu... Tenho algo pra te perguntar...

A mesma levantou as sobrancelhas curiosa para saber o que era. Respirei fundo e parei de andar, meus lábios pareciam grudados uns nos outros, eu sentia meu peito se apertar a cada minuto.

— Se... Algum homem disse-se que... Gosta de você e queria estar em um relacionamento... — ela me olhou ainda mais confusa — O que... Você diria?

— Eu diria que não.

Sua resposta foi como uma flecha atravessando meu peito, ela continuava me olhando preocupada e eu não pude deixar de transparecer uma tristeza. Tive vontade de chorar, mas não ia demonstrar que a pessoa mencionada seria eu. Voltei a andar sem dizer mais nada, ouvi seus passos me seguindo e me perguntei várias vezes o porquê de ser tão idiota.

— Eu prometi a mim mesma que nunca mais confiaria em nenhum homem. — falou séria, me quebrando ainda mais por dentro — Mas... Você está tornando isso difícil, Kyungsoo.

Rapidamente virei meu rosto surpreso por sua confissão, ela sorriu novamente e segurou em meu braço, entrelaçando ao seu. O que aquilo queria dizer? Eu realmente tinha alguma chance? Meus pensamentos estavam uma bagunça completa, eu não sabia mais o que fazer, continuei em silêncio, sentindo sua pele encostar na minha e o carinho discreto que a mesma me proporcionava.

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