Behind the Smile

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Senti meu celular vibrar no bolso da calça, peguei imediatamente e cliquei na mensagem que a garota mandou.

Im Nayeon ♡:

Im Nayeon ♡: Tem algum tempinho pra mim agora? 😚

Me: Eu estou aqui se quiser conversar.

Im Nayeon ♡: Não tem graça se você não mandar uma foto também!

Me: Eu não vou fazer isso!

Im Nayeon ♡:  Por que não?
Im Nayeon ♡: Você tem um rostinho tão bonito, só quero ver!

Coreia instantaneamente ao ler sua última mensagem, um sorriso de lado apareceu em meu rosto. Olhei para os lados da cozinha e me posicionei na frente do balcão, suspirei fraco e apertei no ícone da câmera. Fiz uma pose qualquer e mandei sem ficar observando, eu sabia que se olhasse muito, desistiria de mandar.

Me:

Im Nayeon ♡: Atenda a minha ligação. 📞

Fiquei confuso na hora, mas lá estava a chamada sendo realizada com o contato dela escrito na tela. Apertei para cima para atender e coloquei na orelha, não escutando nada no começo.

— VOCÊ É TÃO FOFO! — exclamou muito alto, me fazendo desencostar rapidamente.

— Obrigado por me deixar surdo de uma orelha. — falei, passando a mão em cima.

— Não seja tão dramático... — ela riu curtamente — O que pretende fazer essa tarde?

— Não sei... Hoje vai ser o último dia que estarei em Gangnam, então não há muito o que fazer.

— Então... Podíamos aproveitar juntos!

Congelei imediatamente com suas palavras, não entendendo onde ela queria chegar. Com certeza, em toda a minha vida nunca encontrei uma garota tão liberal quanto Im Nayeon. Logo após aquele dia da boate, nós conversamos por chamadas telefónicas e mensagens várias vezes, então eu já estava me sentindo mais confiante e podia até arriscar em dizer o que sinto – mas isso ficaria para depois. Porém, mesmo com toda essa “intimidade” vê-la pessoalmente ainda me deixava nervoso.

— Kyung, você está aí? — perguntou a mesma.

— S-Sim, estou... — passei as mãos pelos fios curtos do meu cabelo — Ah, pode ser...

— Ótimo! Te mando mensagem do endereço onde podemos nos encontrar. Te encontro lá, até mais!

Ela desligou rapidamente com uma outra risada, enquanto eu continuei parado feito uma pedra com o celular em mãos, não acreditando no que ocorreu minutos atrás. Um barulho de algo caindo tirou minha atenção, olhei para o lado e fechei a expressão imediatamente ao ver de quem se tratava.

— Estava me espiando? — perguntei, cruzando os braços.

— O quê? Eu? Claro que não!

— Então, o que veio fazer aqui?

— Só vim checar se... — olhou para a bancada onde eu estava encostado — Ainda tinha os salgadinhos.

Foi até minha direção e pegou o pacote aberto de salgadinho, fingindo que realmente não tinha ouvido nada. Mas, antes que o mesmo saísse, eu segurei em seu antebraço e o fiz parar no caminho de volta, Jongin me olhou surpreso, me fazendo achar graça na sua reação.

— Eu preciso da sua ajuda.

Um sorriso abriu em seu rosto, ele segurou em meu ombro e abaixou a cabeça, respirando fundo. Levantei uma sobrancelha sem entender o que aquilo significava, mas eu sabia do quanto ele gostava de fazer brincadeiras.

— Achei que nunca ia dizer isso, mas... Finalmente meu amigo vai conseguir namorar uma garota!

— Pare de falar besteiras! — tirei sua mão do meu ombro, ele riu alto — Nós só vamos sair, como amigos.

— Não é bem só amizade que você quer. — sorriu malicioso.

Revirei os olhos e contei sobre o que ela me disse mais cedo, tive que aturar mais das suas brincadeiras, porém nada que eu não esteja acostumado. Jongin disse que me daria dicas e me ajudaria em tudo que fosse preciso, então fiquei mais aliviado, só que continuei sentindo aquele tão famoso frio na barriga. Seria a segunda vez que sairíamos juntos, por isso eu não queria estragar tudo com minhas inseguranças.