003- Dursley Atormentados

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003 – Dursley Atormentados

Petúnia olhou com certo temor para sua irmã. Sentia que para a ruiva, ela não era menos que um inseto. E talvez fosse isso mesmo. Tratou seu sobrinho como se fosse a pior coisa que existia na face da terra, e ainda mantinha essa opinião. Todos naquela sala que se proclamassem bruxos deveriam se explodir, assim como Lily fez dez anos antes.

–Pagar? Nós? Pessoas de bem e comuns, que não se envolvem com esse tipo de loucura de vocês! Você – A loira apontou o dedo trêmulo para Lily que ergueu uma sobrancelha em resposta. – Viu no que deu mexer com esse tipo de coisa, e acabou se explodindo! Sua aberração! Aborto da natureza! Não sei como voltou, mas logo vai...

Um clarão iluminou o casebre, e Petúnia estava de cabeça para baixo, sentindo que estava sendo presa pelos tornozelos, enquanto Valter e Duda gritavam em horror.

–Não vou admitir que fale assim da minha mulher, sua bastarda! – James gritou, a fúria tomando conta de si, enquanto mantinha a varinha apontada para Petúnia que se debatia, tentando voltar para o chão.

O Potter mais velho sentiu a mão delicada de Lily segurar seu braço. Ele olhou para a ruiva, que o olhava como se pedisse para soltar Petúnia no chão. Deu um suspiro longo, e encarou a loira de mal humor.

Liberacorpus. – Com outro relampejo, Petúnia estava caída no chão, mesmo que tivesse caído de mal jeito. James não sentiu pena pelo jeito mal cuidado de sua queda. Valter correu até a esposa a levantando de qualquer jeito, e a puxando de volta para o canto do casebre, como se nunca devessem sair dali.

–Isso foi pouco pelo jeito que trataram meu filho. – Disse Lily, com a voz cheia de rancor, enquanto acariciava gentilmente os cabelos do Potter mais novo. Harry sorriu mais uma vez, feliz pelo carinho que recebia da mãe. Com o carinho que sonhou por dez anos de sua vida. – Nunca fizemos nada para vocês odiaram ele.

–Eles nos odeiam apenas pelo fato de termos nascido com magia, sendo assim, diferente deles. – Marlene retrucou em tom acusatório, olhando com certo nojo para os Dursley, que pareciam com mais medo do que irritados. – Somos humanos como vocês.

Harry notou que sua tia pareceu horrorizada ao ouvir aquilo, enquanto Valter murchou. Duda estava paralisado demais para comentar algo. Naquele momento, o garoto não conseguia sentir um pingo de pena para o que pudesse acontecer a eles. Ser maltratado por dez anos como foi, talvez, tenha tirado toda compaixão que pudesse sentir pela familia do tio.

Um relâmpago cortou o céu, e em seguida o barulho do trovão eclodiu, assustando a todos que foram pegos desprevenidos. O telhado rangeu, e começaram a cair algumas goteiras. Sirius olhou para cima, ao sentir uma gota d'agua bater no topo de sua cabeça.

–Acho melhor sairmos daqui, temos coisas mais importante para resolvermos. – Lily comentou, ao ver a cara do Black olhando para o teto. – Além disso, temos que ver o que vamos fazer agora que voltamos...

–Sirius riu ao ver a expressão de cansaço que James havia feito. Parecia que o amigo não queria, de fato, ter algum tipo de trabalho, mas conhecia o amigo o suficiente para saber que James Potter não confrontaria Lily Potter.

–Eles vão para nossa casa, não é mamãe? – Questionou Lira, empolgada com a ideia. Marlene sorriu assentindo.

–Então podemos ir de uma vez? – Questionou James, esfregando as mãos. – Essa droga de lugar é frio demais.

Sirius riu ao ouvir aquilo, sendo que parte de si ainda não acreditava que o amigo que era como um irmão para ele realmente tinha voltado a vida. Nisso, ele olhou para os Dursley, ainda encolhidos contra a parede, tentando se manter o máximo possível afastados de Harry e sua familia.

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