005- Madame Bones - Parte 2

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005- Madame Bones – Parte 2

Pela primeira vez em dez anos, Harry se sentiu satisfeito após uma refeição. O garoto comeu tudo que pode alcançar na mesa, sendo observado pelos mais velhos, sendo possível para eles verem o quão mal o garoto deveria ter sido alimentado por seus tios durantes seus poucos anos de vida.

James, enquanto observava Harry tomar um suco de laranja com uma vontade quase indecente. O Potter mais velho sentiu que os parentes de sua esposa ainda não haviam tido uma punição decente o suficiente para compensar pelo sofrimento de seu único filho. Seu olhar encontrou o de Lily, que parecia perdida em pensamentos. O Potter mais velho tinha uma leve noção de quais seriam esses pensamentos.

–Aqueles trouxas não deixavam você tomar café? – Questionou Marlene, que tinha notado o incomodo que James e Lily demonstravam naquele momento. Harry levantou os olhos para a madrinha, após morder uma fatia de bolo.

–Normalmente o que sobrava do café deles. Diziam que era o suficiente. – O garoto deu de ombros, estando acostumado com esse fato. Sirius rosnou levemente ao ouvir isso.

–Acho mesmo que precisamos voltar lá e dar uma punição que eles realmente mereçam. Fomos muito bondosos com eles. – Sirius resmungou, irritado, enquanto apoiava sua cabeça na mão. – E a cabra velha tem a maior parcela de culpa nisso!

–Não vamos fazer nada precipitado, Sirius. – Marlene retrucou, severa, mesmo que internamente estivesse concordando com o esposo.

–Apenas me arrumem um lugar para esconder os corpos – James disse, após tomar um copo de suco de abobora. Lily chutou sua canela por debaixo da mesa, o fazendo quase se engasgar. – Lírio!

–Não seja má influência, Potter.

James bufou, enquanto Sirius riu, novamente com Harry achando a risada dele muito parecida com um latido. Lira, já acostumada com o pai, não se importou. Embora ela concordasse com o mesmo que os Dursley ainda tinham saído da situação com um "tapa nas mãos". Talvez ela pediria ao seu pai para levá-la junto quando este fosse se vingar.

A atenção de todos foi tomada quando uma coruja marrom adentrou na cozinha, pousando graciosamente no encosto de uma cadeira desocupada. Marlene correu, e desatou um bilhete da perna da coruja, dando um biscoito para a mesma, que piou de agradecimento antes de alçar voo novamente.

A castanha aloirada desdobrou o bilhete que tinha apenas uma linha, enquanto seus lábios se curvavam em um sorriso.

–Madame Bones estará aqui em aproximadamente uma hora. – Anunciou ela, parecendo satisfeita. – Sabia que podíamos contar com Amélia.

Os Potter mais velhos se sentiram aliviados, ao mesmo tempo que sentiram como se borboletas voassem suas barrigas. Estavam nervosos em como seria a reação de Amélia ao vê-los ali, vivos e em carne e osso. Provavelmente não acreditaria rapidamente que eram mesmo eles. Nem eles mesmos acreditariam se estivessem no lugar dela.

–O jeito é esperar. Vai dar tudo certo. – Sirius disse, com um sorriso no rosto, numa clara tentativa de acalmar o casal. – Depois disso, vamos contatar aquele velho?

Todos sabiam que ele estava se referindo a Dumbledore, pela raiva facilmente sentida em sua voz.

–Vamos ver o que Amélia acha a respeito. Talvez ela ache melhor mantermos isso em segredo por algum tempo. – Lily comentou pensativa.

–E ela não estaria errada. Seria um escândalo. Como iriam explicar que os heróis de guerra conhecidos em toda a Europa voltaram a vida sem o Ministério britânico ter como explicar? – Um sorriso brincava no rosto de Marlene. – Um escândalo. E sinceramente, eu adoraria ver Fudge arrancando os cabelos que ainda lhe restam...

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