012 - Respostas

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012 – Respostas

Era um silêncio desconfortável que tinha tomado conta da sala de jantar dos Black's. Dumbledore observava, por cima dos oculos de meia lua, James e Lily Potter, que não pareciam ter envelhecido um dia sequer desde a última vez que os viu vivos.

Isso emocionava o velho diretor. James e Lily sempre foram alunos muito queridos para ele. Além do fato de James conhecer cada canto empoeirado de seu escritório em Hogwarts. No entanto, ele sabia que, devido a suas ações na noite em que tirou Harry da casa semi-destruída de Godric's Hollow, os dois Potter não deveriam estar alegres com ele.

Ele tinha muito a explicar, e desejava fazer isso esta noite.

– Boa noite Albus. – Cumprimentou Sirius em um tom muito mais educado do que Albus achava que ele queria realmente ser. A sua situação com a família Black não era das melhores. Mais uma vez, ele se perguntou se não devia ter deixado Harry com seus padrinhos.

– Boa noite Sirius. Fico muito agradecido em permitir que esteja presente com vocês nessa noite. – Respondeu cordialmente. Seus olhos correram pela sala, encontrando os olhos cor de ônix que expressavam uma magóa profunda com o velho diretor. Albus tinha certeza de que ela o culpava pela morte de Marcus Greengrass. Mal sabia ela que Albus também achava que poderia ter impedido aquela morte. – Boa noite Sra. Greegrass. Sr. e Sra. Potter.

Lily e James deram acenos educados com a cabeça, assim como Selene, embora os olhares cheios de magoas e culpa ainda estivessem ali. Seus olhos então caíram nas cinco crianças presentes na sala. As quatro garotas muito bem-vestidas o olhavam com inocencia e curiosidade, enquanto do lado oposto da mesa, estava o único garoto. Os olhos verdes curiosos lhe encarando.

Dumbledore tinha que assumir que Harry Potter parecia muito mais saudavel do que ele presumia que realmente estivesse depois de conviver por dez anos com os parentes detestáveis que tinha. Era verdade que Albus só tinha tomado conhecimento da situação de Harry na casa após Sirius e seus pais tirarem Harry dos Dursley naquele rochedo no meio do mar.

Ele havia ido, pessoalmente conversar com os tios do menino sobre o motivo de terem evitado as cartas que Harry deveria receber tão ferrenhamente. Foi só então que ele soube o tratamento que o garoto recebera por dez anos. E isso explicava por que as alas de sangue que protegiam a casa de Privet Drive pareciam tão fracas.

– Tippy! – Chamou Marlene. Uma elfa, vestida em um vestidinho preto com detalhes em branco aparatou ali. – Prepare mais um assento para o diretor Dumbledore, por favor. Teremos uma reunião importante hoje.

– Sim, senhora! – A elfa exclamou animada, desaparatando dali logo em seguida. Pouco mais de um minuto depois, uma cadeira surgiu diante de Dumbledore, assim como pratos. Após um aceno de cabeça de Sirius, o homem se sentou.

– É realmente um prazer te ver de novo, professor. – Lily começou, e Dumbledore notou que ainda havia aquele olhar de admiração vindo dela, mesmo por trás de toda a mágoa. – Porém, temos algumas cosias muito importantes para conversar.

– Sim, queria ter conseguido vir falar com vocês pessoalmente antes – Começou Dumbledore – Mas o início do ano em Hogwarts é complicado. Além disso, tive que ir atrás de outro professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Ainda não consegue manter um professor por mais de um ano? – Questionou James, curioso, vendo o diretor assentir. – O cargo parece mesmo ter sido amaldiçoado.

– Ainda acharei uma forma de quebrar essa maldição – Anunciou Albus, embora, não parecesse realmente preocupado com aquilo. – Presumo, que não seja sobre o cargo que estejam ansiosos para falar.

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