019 - Rúbeo Hagrid

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Capítulo 019 – Rúbeo Hagrid

Eram por volta de cinco para as três da tarde quando atravessaram a propriedade. Rúbeo Hagrid morava numa cabana de madeira dentro do terreno.

Ao chegarem na mesma, Hermione se aproximou, e bateu na porta. O barulho alto de passos e latidos animados de um cachorro puderam ser ouvidos.

–Para trás, Canino, atrás!

A porta se abriu, rangendo nas dobradiças. Harry se viu diante do mesmo homem alto, com uma grande barba espessa, e olhinhos negros como besouros da chegada em Hogwarts. Os olhos do homem pareceram brilhar ao ver as crianças paradas diante de sua porta.

–Oh, Hermione, vejo que veio! – Harry rapidamente notou, que apesar do tamanho intimidante, Hagrid era tudo menos isso. – E trouxe amigos! Venham, venham!

Um a um, os setes entraram na cabana, havia apenas um cômodo. Havia uma cama mais ao fundo com uma grossa coberta de retalhos, faisões e presuntos defumados pendurados por ganchos no teto. No canto, uma chaleira fervia agua.

Hagrid finalmente soltou a coleira do enorme cão de caçar javalis. Canino, - Harry assumiu ser o nome do cachorro - começou a pular neles animado, dando a todos a entender que o grande cão e seu dono não recebessem muitas visitas recorrentes.

–Ele gosta muito de crianças, mas não seria uma boa ideia soltar ele pertos dos alunos, não é mesmo? Não são todos que gostariam de um cão babando em suas vestes. – Hagrid comentou, entusiasmado. – Oh, sentem-se, sentem-se!

Harry e os dois se sentaram, e Canino rapidamente apoiou sua cabeça nas pernas de Daphne, que não pareceu se importar com o cão babando em suas vestes, e começou a acariciar lhe as orelhas. Rapidamente, Hagrid colocou canecas que mais pareciam baldes na frente deles, as enchendo de chá.

Em seguida, o gigante se sentou em outra cadeira, de frente para os alunos de onze anos, onde seus olhos focaram em Harry. Por um minuto, Harry achou que enfrentaria novamente outra onda de fanatismo, porém se surpreendeu quando lagrimas começaram a cair dos olhos de Hagrid.

Antes que alguém pudesse falar algo, o meio gigante começou.

–Me lembro de você quando você cabia na minha mão, Harry – Os olhinhos negros como besouro recaíram em Harry.

O garoto de onze anos ficou surpreso. Ele nunca imaginou que o guarda caças de Hogwarts o conhecera quando mais novo. Harry olhou rapidamente entre os amigos, e notou que era o único que parecia surpreso. Logo, ele presumiu que provavelmente os pais das meninas já soubessem disso e tivessem contado a elas ao longo dos anos.

–Você conheceu meus pais? – Questionou, um pouco curioso sobre como teria sido os anos de escola de seus pais no ponto de vista de outras pessoas.

Ele sabia que James, Sirius e Remus tinham formado um grupo chamado Marotos, que possivelmente foram os alunos mais problemáticos que passaram pelos salões sagrados. Lily, Selene, Marlene e sua tia Alice não se envolviam com eles, e Lily particularmente os odiava até um acontecimento no quinto ano, que eles não chegaram a comentar com Harry ou as meninas ao que se referia.

–Oh sim! – Hagrid parecia entusiasmado. – Passei a maior parte dos anos escolares deles tirando seu pai e amigos da floresta proibida. Grupo problemático aquele, sim, sim.

Hagrid passou a enorme mão pela barba desgrenhada, claramente perdido em lembranças de mais de dez anos atrás.

–E nossas mães? Como elas eram? – Questionou Astoria, parecendo animada como sempre. Hagrid olhou para a garota e deu uma risada.

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