011 - Jantar

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011 – Jantar

O silêncio reinava na mesa, sendo que o único som disponível, era o da respiração de todos ali presentes. Harry já havia lido sobre contratos de casamento em sua aula de história na escola trouxa. Porém, nunca passou, nem remotamente, por sua cabeça que ele estava envolvido em um. Ou no caso, pelo que seu pai deixou a entender mais de um.

– Contratos de Casamento? – Sibilou Lily, parecendo muito perigosa. – Como? Quando você fez isso?

James se encolheu sob o olhar da mulher. Pelas histórias que Harry e Lira ouviram dos pais, tanto ele quanto Sirius enfrentaram Voldemort pessoalmente três vezes antes da noite de trinta e um de outubro. E aparentemente, o bruxo das trevas não foi capaz de colocar medo em James Potter. Porém, Lily parecia ser bem capaz de provocar o sentimento no homem.

– Não fui eu que fiz querida! Estão na família Potter há séculos. – Explicou James, um pouco eufórico. – Na minha vez não foi ativado por não havia nenhuma herdeira na nossa geração.

– Se houvesse, você não teria se apaixonado por mim? – Lily questionou, parecendo magoada. James arregalou os olhos.

– Eu teria me apaixonado por você de qualquer forma Lily! Sou sua alma gemea, lembra? – Questionou ele, segurando firmemente a mão da esposa. A ruiva pareceu se acalmar.

– Bem, Lily, contratos de casamento são muito comuns na sociedade bruxa. Lira mesmo está envolvida em um. – Harry sentiu um leve incomodo ao ouvir sua madrinha dizer isso, e notou que a garota ao seu lado estava corada. – Mas isso não me incomoda.

– Eu sei, eu estudei sobre isso. – Respondeu a ruiva, tomando sua cerveja amanteigada. – Mas nunca pensei que meu garotinho estaria em um.

– Em mais de um. – Sirius comentou, atraindo os olhares de todos na mesa. – O que? Não é melhor colocarmos todas as cartas na mesa?

Harry riu quando seu pai reclamou algo sobre "se comportar melhor quando é um cachorro" e "dormir numa casinha seria o melhor para esse infeliz", enquanto colocava feitiços de privacidade em volta da mesa, sob o duro olhar de Lily, que para Harry parecia querer esfolar seu pai vivo.

– Eu vou explicar. A família Potter, embora atualmente seja pintada como uma família da luz, nem sempre foi assim. – James começou a explicar, parecendo entediado. – Eramos considerados cinzas até a geração de meus avós e meus pais. Isso não era ruim, mas não nos envolviamos em conflitos. No entanto, eramos mais como uma família envolvida em muitos negócios, tanto mágicos como não mágicos. Mas nossas alianças sempre eram com famílias mágicas e puro sangue. Afinal, nós somos puro sangue. Mesmo na nossa geração atual, ainda somos.

– Mas a mamãe não é nascida trouxa? – Questionou Harry, curioso. Seu pai deu um sorriso amarelo.

– Receio que não. Pouco antes de você nascer, logo após sairmos de Hogwarts, descobrimos que sua mãe é a ultima descendente direta de Rowena Ravenclaw.

Os olhos das duas crianças se arregalaram.

– A fundadora? – Lira questionou, olhando para a madrinha admirada, sendo que a mulher estava corada.

– Exatamente. – James parecia muito orgulhoso. – Mas isso não vem ao caso agora. Voltando aos contratos da família Potter, temos alianças com as famílias: Greengrass, Bones e Black. E com todas essas famílias existem contratos de casamento. Nós também temos alianças com os Longbottom, mas como é mais recente, não foi feito nenhum contrato. No entanto, esse contrato só foi acionado uma vez há uns cem anos. E pelo que meu pai disse, na época causou um impacto muito forte na sociedade bruxa.

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