006 - O Banco das Provas

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006- Gringotes

Harry ainda tinha dúvidas se limpava suas vestes das cinzas restantes da viagem com pó de Flu, ou se observava atentamente o bar em silêncio que estavam. As pessoas encaravam os recém-chegados com assombro. Alguns tinham as bocas abertas e canecas paradas no ar enquanto os líquidos dentro das mesmas se espalhavam em suas roupas e caíam para o chão.

O garoto observou, com curiosidade como as vestes bruxas se diferenciavam das dos trouxas. Muitos usavam chapéus negros em forma de cone, e capas. Harry notou que alguns seguravam suas varinhas com força, sendo evidenciado pelos nós dos dedos brancos.

Parece que sua mãe tinha notado isso, pois segurou seu ombro, atraindo a atenção dele. Ela olhava para aquelas pessoas com temor, enquanto Sirius e James seguravam suas varinhas prontos para qualquer retaliação.

–Por que estão tão brancos? Parece até que viram fantasmas. – Brincou James com um sorriso quase arrogante no rosto. Sirius segurou a risada, enquanto Marlene, Lily e Amélia lhe lançaram olhares cortantes.

–Talvez tenham visto, tio. – Lira comentou, atrevida, olhando de volta para a multidão boquiaberta do caldeirão furado.

–Lira Andromeda Black! – Ralhou Marlene, porém, a morena aloirada apenas lhe deu um sorriso com dentes muito brancos.

–C-Como isso é p-possível? – Um homem com um turbante que Harry achou particularmente engraçado parecia que realmente tinha visto um fantasma: compará-lo com uma folha de papel seria ridículo. Ele consegui atingir um branco ainda mais claro que da folha. – O-Os Potter?

Um leve murmurinho começou pelo bar, e Amélia se adiantou, sorrindo, como se quisesse que aquilo acontecesse.

–Eu sou Amélia Bones, chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia do ministério da magia britânico. – Todos se calaram ao ouvir a voz quase trovejante e intimidador da ruiva. – Assim como a vocês, eu também fiquei surpresa e sem reação ao ver os Potter em pé na minha frente, após dez anos de sua morte. Fiz os testes necessários para comprovar que estão realmente vivos, e que voltaram a vida após a fatídica noite de 31 de outubro de 1981. A magia de seu filho, Harry James Potter, e da afilhada deles, Lira Andromeda Black, correspondeu a deles.

Outra onda de murmúrio percorreu o local, fazendo Amélia sorrir satisfeita, e caminhar até o balcão do pub. Onde um homem carrancudo e encurvado olhava descaradamente para o grupo.

–Olá Tom. – Cumprimentou Sirius, enquanto James apertava a mão do homem estático com um sorriso maroto no rosto. – Estamos indo a Gringotes sabe? Prongs aqui está sem um puto no bolso para um bom whisky de fogo agora, mas quando voltarmos, tomaremos uma boa dose, certo?

O homem balançou a cabeça, assentindo, embora lentamente, como se ainda custasse o que seus olhos observavam.

O grupo foi em direção aos fundos do bar, numa parede do mesmo. Madame Bones sacou sua varinha, e bateu em uma sequência de tijolos, para em seguida os mesmos se contorcerem, e abrirem uma passagem para uma rua sinuosa, cercada de comércios que Harry nunca tinha visto antes. Então era assim que os bruxos faziam compras?

–Esse é o beco diagonal, Arry! – Exclamou Lira, olhando com olhos brilhantes para um carrinho de sorvetes não muito distante dali. – Aqui é onde fica o banco, e onde compramos roupas, varinhas e um monte de coisas.

–Entendo. – Foi a única coisa que o Potter mais novo pode dizer, enquanto desejava ter mais olhos, para que pudesse olhar tudo ao redor. Marlene riu ao ver a velocidade que o afilhado virava a cabeça para tentar ver tudo.

–Calma, vamos tentar resolver a situação de vocês primeiro, e depois vamos dar uma volta por aqui e comprar seus materiais, tá bom? Ai a madrinha vai poder te encher de muitos presentes – A mulher piscou para Harry e bagunçou ainda mais seus cabelos naturalmente bagunçados, que fez o pequeno sorrir.

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