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Acho que o desespero não me ensinou muita coisa, acho que só me dá uma falsa sensação de que preciso está bem.
Mas quem entenderia minha dor?
Nem mesmo me conhecem, e sou o culpado por viver sendo um iceberg de desesperos náufragos.
Mas quem buscaria me entender?
Pequenos atos destroem minha alma, tento ser o mais azul possível, e no final desmancho em quentura e ardor, quente de dor e não de prazer.
Mas quem ousaria ver minha dor?
Talvez não saiba mostrar mesmo sendo tão exposto. Tudo isso acontece porque o meu autoconhecimento se desconhece todos os dias.
E se nem eu me entendo, quem ousará entender?

Os relatos de Galvin (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora