Jogue flores no meu túmulo, rosas, cravos e girassóis, vários ramalhetes, porque morto quero florescer. Quero pétalas sobre a minha lápide, elas contarão uma história que vivi, só assim saberei se a morte bem-me-quer ou mal-me-quer, não hesitarei discutir.
Daqui uns anos estarei florido, flores que se alimentaram da minha carne morta, vivas e com cores vibrantes, cada flor tem um pedaço de mim.
Poderia denominar meu jardim, assim ninguém roubaria, mas fazendo isso decletaria o meu fim, pois não sei quem as regaria.
Em novembro levam elas para outros túmulos, gente que nem sequer conheço roubam quase todos os ramos e nem me pedem, para alegrar outros mortos me ferem.
Meu sangue corre por esses pedúnculos, minha beleza está nessas pétalas, orgulho de ter adubado essas pequenas, vê-las crescer não tem preço. São como minhas filhas, são mais de trezentas, meio exagerado esse floral, mas é o mínimo que ganhei por ter sido um ser mortal.
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Pedúnculo: suporte que prende a flor ao caule.
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Os relatos de Galvin (Completo)
RandomE aí, tudo bem? Comigo não estar. Me chamo Galvin, tenho dezessete anos, e isto não é um livro. Talvez até seja, mas depende da subjetividade dos senhores. São relatos da minha vida, basicamente do porquê eu quero que ela chegue ao fim. Vocês vão me...
