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Não partilho de infelicidade ou felicidade. Nem de tristeza ou alegria. Apenas obtenho vontades mornas que causam repulsa todo santo dia.
Um chá me causa ânsia, igual minha soberba e ganância, não consigo ingerir
para dentro, atiro ao chão e o cheiro da camomila se vai com o vento.
Prefiro um café quente, mas sou morno, tanta cafeína afeta meu subconsciente e talvez eu até morro, morro em lembrar, mas vivo novamente quando o bule secar, preciso de café para esquentar minha alma morna, porém se ele acabar acharei outra maneira de me requentar. Sei que me engano, café não me aquece, mas faz esquecer do meu ser humano, reflito em meus planos, e sei que é profano pedir um fervente, mas se for para morrer morno preciso de uma quentura urgentemente, entretanto não pode ser chá, pois mesmo quente, irei vomitar.

Os relatos de Galvin (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora