Debaixo de uma grande árvore
A sombra protege o meu mármore
Com um abismo de sete palmos feito
Meu depósito está satisfeito.Desconheço o que é noite
Vago sob o escuro na pernoite
Não reconheço mais o dia
Apenas ouço gemidos e gritaria.Preso e imóvel debaixo do solo
Por um quarto de fôlego esmolo
Mas não tenho carne para sustentar-me
Pois os vermes estão a devorar-me.Eu decomposto sustento as raízes
Felizmente não tenho mais cicatrizes
O passar do tempo me leva ao pó
Lembro-me que ninguém desfez o nó.Estou farto desses vizinhos
Converso tanto e ainda me sinto sozinho
Cruzes se entrelaçam clamando piedade
De gente viva tenho saudade.
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Os relatos de Galvin (Completo)
AcakE aí, tudo bem? Comigo não estar. Me chamo Galvin, tenho dezessete anos, e isto não é um livro. Talvez até seja, mas depende da subjetividade dos senhores. São relatos da minha vida, basicamente do porquê eu quero que ela chegue ao fim. Vocês vão me...