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Quis fazer um poema nesta noite,
Quero rimar e, talvez, desabafar,
Falta quase meia hora para a pernoite,
Minha melancolia quer se expressar.

Tive mais uma perda no meio do caminho,
Imensamente doeu, mais me doeu tanto,
Agora nesse mundo estou triste e sozinho,
Dificilmente será possível secar esse pranto.

Todos os dias me pego pensando,
Vai que eu seja o assassino do meu amor,
Por muito lugares andei festejando,
Foi essa a consequência, um filme de terror.

A dúvida me consumirá pelo resto da vida,
Agora não consigo sentir a dor do sofrer,
Minha caminhada se transformou em corrida,
Um passo em falso e eu não irei sobreviver.

Não sei o que está mantendo minha sanidade,
Não consigo sentir a culpa, apenas a dúvida,
Ser são não transformará seu sonho em realidade,
Não estará mais comigo depois dessa falência súbita,

Quando eu entrar quero que esteja presente,
Isso será por mim e pelo o nosso sangue,
Peço perdão por ter sido um filho ausente,
Falta agora sinto de ti, maldito boomerang!

- m ã e.

Os relatos de Galvin (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora