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Eu não tenho tato, eu toco sem tocar enquanto viajo em minha mente, é como se eu pegasse e não sentisse o peso em minhas mãos, falta-me tato. Eu não sinto pela ausência de sentidos, porque eu também falo sem falar, penso sem pensar, olho sem olhar, mas o que mais me incomoda é tocar e não sentir que estou tocando, descrevo esse problema como um cadáver ambulante. Morto ou vivo, quero tocar-te, mas viajo em uma dimensão na qual não te sinto, isto soa confuso, eu sou confuso. Entenda-me, as linhas das suas mãos se completam com as minhas, era pra ser perfeito mas me falta tato, queria poder te tocar na intensidade que eu te amo, porém reprimo e nem sei o porquê, apenas toque-me, por quê eu quero senti-la mesmo não sentindo.

Os relatos de Galvin (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora