nota de adeus.

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Há exatamente dois anos escrevi o primeiro capítulo desse livro, onde falava sobre suicídio e quão vazio estava a alma do Galvin, que na verdade sou eu. Passando os capítulos, perdi-me em uma difusão de sentimentos, paranóias e complexos de ideias, não pensava mais por mim, é como se fosse, dois de mim em mim, e só um poderia viver, ou eu poderia matar os dois. Os relatos de Galvin acompanharam meus sentimentos por um alguém, o fim desse sentimento e o questionamento dele, acho que agradeço, nada melhor que um coração partido para produzir bons textos. Em meio a intensas crises, perdi minha identidade, já não sabia quem era, como eu mesmo escrevi "minha vida está se resumindo em não saber", Galvin ensinou que eu precisava transcender, ir além da tristeza ou dançar com ela um funk do James Brown. Enquanto escrevia, também fiz uma carta de despedida, ela está guardada e bem exposta para que alguém leia e venha me ajudar, nela menciono minha família e amigos, eu poderia rasgá-la, pois estou mais forte, mas não o suficiente para me desfazer do passado, ainda sinto. Mesmo transcendendo e aludindo meus próprios textos, sinto que é o início de uma grande batalha para mim, sigo tentando chegar ao topo do topo, devo cair, levantar, talvez até desistir, mas ficarei para sempre aqui, em relatos poéticos. Galvin tornou-se meu melhor amigo, ele me acalmou, expressou-me, amou-me, e como disse, ele sou eu, espero que esse livro tenha cativado alguém, pois o meu melhor foi feito.

:-)

E eu vou viver, talvez uma faculdade, talvez não, vou me ausentar por um bom tempo, mas voltarei.

Agradeço.

Os relatos de Galvin (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora