Depois das ordens de Beatrice Visconde trabalhou muito durante toda aquela semana, eles não tinham tempo nem de conversar, mas sempre que podiam é claro, os dois implicavam um com o outro, foi apenas na noite antes do dia de Sophie e Thomas voltarem que eles conseguiram conversar:
-Você e Sophie costumam conversar?
-Sim, claro, porque a pergunta?
-Com essa rotina vocês ainda conseguem fofocar, santo Deus.
-Fofocar não, aqui nem tem sobre o que fofocar na verdade, vamos falar sobre o que? Que a ovelha da vizinha anda muito gorda? - disse Beatrice rindo, Visconde riu também e disse:
-Eu reparei mesmo que uma das ovelhas de dona Marina anda meio lenta.
Eles riram e depois Bia perguntou:
-Como foi ser um fazendeiro por uma semana?
-Cansativo, bem cansativo. Inclusive acho que uma daquelas galinhas me causou um ferimento...
-Deixe de ser dramático Visconde.
-Estou falando sério ela me deu uma bicada na mão que eu fui até o céu e voltei, aquelas galinhas me odeiam.
-Elas não te odeiam o problema é você que não sabe pegar os ovos de uma forma delicada.
-E como eu trato uma galinha de forma delicada? É impossível.
-Se tivesse prestado atenção nas minhas explicações saberia.
-Eu juro Beatrice, prestei muita atenção, com você elas parecem tão pacíficas mas é só eu entrar dentro daquele galinheiro que elas ficam totalmente alteradas.
Beatrice riu de Visconde e seu mal jeito com galinhas, pouco tempo depois Alice apareceu, assim que ela entrou se jogou no sofá afobada:
-O que houve Alice.
-Ah Bia, desculpe a falta de educação, mas eu precisava sentar, não lembrava que a caminhada da minha casa até aqui era tão cansativa.
-Vou buscar um copo de água para você.- disse Visconde se levantando e indo até cozinha.
-Diga meu bem, o que veio fazer aqui?- perguntou Beatrice.
Logo depois Visconde chegou com a água e deu para Alice, que disse:
-Obrigada Visconde. Vim me despedir do irmão de Sophie ora, ele vai embora amanhã e ele foi tão gentil comigo enquanto esteve aqui, todos de Londres parecem príncipes e princesas super educados.
-Não queira conhecer o verdadeiro príncipe.- cochichou Visconde.
-O que disse? - perguntou Alice á Visconde.
-N-nada.- ele respondeu.
-Bom, você é uma menina muito educada Alice, mas não pode sair quando se sente cansada, sabe que é perigoso não sabe?
-Sei Bia, mas minhas prioridades sempre são me despedir das pessoas, e se eu não visse Visconde nunca mais? Ficaria para sempre sem me despedir assim como eu fiquei com meus pais...
-Ah pequena, não pense assim, com certeza você irá me ver outra vez, mas fico honrado com sua visita.- disse Visconde.
-Bom, não posso arriscar não é? Inclusive enquanto eu vinha para cá fiz uma pausa e achei isso- disse Alice dando para Visconde uma tulipa amarela- nunca ás vi nascer por aqui, as do casamento de Sophie vieram lá do norte, Bia disse que essa flor era importante para sua família, então creio que ela pertença a você, por isso nasceu por aqui, bom de toda forma foi muito dolorosa tira-la da terra, peço que coloque ela dentro de um livro, assim ela terá a companhia de todos aquelas palavras e nunca se sentirá sozinha.
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Em busca da liberdade
Художественная прозаEm 1800 nasceram duas garotas, destinadas certamente a serem diferentes das garotas daquela época, nesse livro acompanhamos toda a jornada de Sophie e Beatrice em busca da liberdade.