Após um mês na nova casa, Sophie e Beatrice já haviam acostumado com a nova vida. Agora, as duas criavam animais e vendiam leite e ovos, Beatrice havia sugerido a venda de carnes, porém Sophie negou a hipótese de matar animais naquela fazenda, elas viviam bem e eram livres.
-Bom dia Sophie- disse Beatrice saindo do seu quarto indo para a cozinha.
-Bom dia Bia.
-Porque está arrumada? - perguntou Beatrice.
-Sempre estou arrumada, está dizendo que eu ando mal arrumada por aí?
-Não, ah me lembrei, Thomas virá hoje.
-O que? Não é por isso.
-Uhum, com certeza não. Agora vou até a armazém de dona Marina, estão faltando algumas frutas.
-Ah, aproveite e pergunte se ela irá querer leite para essa semana, e traga Alice para almoçar conosco.
-Gosta mesmo de Alice não é?
-Ela é tão doce e delicada, amo ela.
-Alice é realmente encantadora, agora preciso ir.
Beatrice saiu, pouco tempo depois Thomas, pastor e filho de dona Marina, apareceu:
-Bom dia Thomas, como vai?
-Vou bem, vim buscar essas garotas para um passeio, gostaria de ir conosco?
-Gostaria, mas não posso, tenho muito o que fazer hoje.
-Ah sim...
-Passe aqui para o almoço, convidei Alice também.
-Será um prazer, e como anda Nina?
-Passei o remédio da forma que me mostrou, acho que ela está melhor.
-Ao que parece sim- disse Thomas passando a mão em uma das ovelhas.
-Agora me diga, como sabe o nome de cada uma?
-Vi todas essas ovelhas nascerem, olhando assim de longe elas parecem todas iguais, mas com o tempo, você conseguirá diferencia-las também.
-Espero que sim...
-Agora precisamos ir, vou passar em mais duas fazendas, não levarei Nina hoje, a ferida não cicatrizou completamente.
-E que horas devo alimenta-la?
-Daqui a uma hora, você pode?
-Posso sim, bom trabalho Thomas.
-Obrigado, nos vemos no almoço, certo?
-Com certeza, estarei te esperando.
Thomas saiu com sua ovelhas, ele era um homem muito doce e educado, tinha um cabelo castanho, pele parda e olhos verdes, herdados de seu pai. Logo depois Sophie retomou suas atividades diárias, primeiro ela foi até o galinheiro para pegar os ovos, enquanto isso Beatrice chegava ao armazém de dona Marina:
-Bom dia Charlotte- disse Beatrice entrando na armazém.
-Bom dia senhorita Beatrice, o que deseja?
-Primeiro, desejo que me chame apenas de Beatrice, não precisa dessa formalidade, está bem?
-Sim senho... quer dizer Beatrice.
-Muito melhor, pese para mim algumas especiarias.
-As mesmas de sempre? - perguntou Charlotte, que se dedicava tanto ao trabalho no armazém que decorava os pedidos rotineiros dos clientes.
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Em busca da liberdade
Fiction généraleEm 1800 nasceram duas garotas, destinadas certamente a serem diferentes das garotas daquela época, nesse livro acompanhamos toda a jornada de Sophie e Beatrice em busca da liberdade.