Capítulo Quinze

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Dereck Storme

Dereck observou Melissa atentamente. E merda, a garota estava maravilhosa pra caralho. Como sempre. Com uma calça jeans bem apertada de lavagem escura, um coturno preto sem salto e uma blusa de gola alta branca por debaixo de sua jaqueta de couro preta. O cabelo longo dela estava preso em um rabo de cavalo no alto da cabeça e ela usava um óculos de grau de armação branca - que a deixava sensual para caralho - enquanto lia um livro, sentada na cadeira de uma mesa de canto da biblioteca pública do centro de Boston. Hora e outra ela bebericava de um copo grande de Starbucks. Bastante entretida. Tao centrada que nem notou Dereck a observando por quase vinte minutos, sem se aproximar.

Maravilhosa.

Como havia aguentado ficar quase uma semana sem vê-la havia sido um mistério. E talvez nem mesmo estaria ali, se não fosse por quase todas suas chamadas sendo recusadas durante todo o final de semana. Era uma merda não saber qual tipo de jogo Melissa estava fazendo. E estava sendo um inferno seguir o conselho de Roman e não colocar um segurança para vigiar todos seus passos, como um verdadeiro psicopata faria. Havia demorado uma boa meia hora até descobri-la escondida na biblioteca. A coisa toda seria muito mais fácil se tivesse alguém em sua cola por vinte e quatro horas.

Durante todo final de semana, mesmo que seu tempo estivesse ocupado por cada minuto de seu dia, seus pensamentos não se desviaram de Boston nem por um minuto. E piorava a cada chamada recusada. Roman havia o aconselhado - embora nem mesmo tivesse pedido uma opinião - a deixar a garota respirar. Sem a tortura de viver rodeada de seguranças da máfia e principalmente sem enfia-la de cabeça naquele mundo sujo. Por um lado, Roman tinha razão. Não tinha nenhum sentido em trazer a garota para sua vida. Entretanto, seu melhor amigo não sabia que não tinha mais volta para ele. Tudo em Dereck estava envolvido com Melissa e porra, estava amando a sensação de estar rendido por aquela garota. E embora conseguisse, em uma única chamada, saber cada passo dela, havia usado de cada pingo de sua paciência para não fazer. Não queria parecer tão fissurado na garota, mas não havia uma desculpa plausível para ter se enfiado em um avião no primeiro horário da manhã de segunda-feira, cancelando reuniões de última hora e se mostrando ser o obsessivo por Melissa como realmente parecia sempre quando era sobre ela.

— Melissa! — sua voz saiu um pouco mais grave e grossa do que estava planejando ao se aproximar.

O corpo de Melissa estremeceu com o susto e em seguida seus ombros tencionaram ao reconhecer sua voz. Seus belos olhos escuros o encontraram por trás da lente do óculos. E seus lábios carnudos se abriram em um pequeno "O' de surpresa.

— Dereck? O que você está fazendo aqui?

— Eu falei que ia ver você, bebê. Por que esta surpresa?

— Porque eu não achei que estivesse falando sério.

Dereck curvou seu corpo para aproximar sua boca da dela. Foi um mero encostar de lábios. Um erro terrível. O gesto íntimo o atingiu em cheio. E porra, tocar a garota já era um erro porque sempre queria mais. E conforme afastava seus lábios dos dela, seu corpo todo se acendeu e seu membro gritou, exigindo outro beijo, outro contato, outro sexo gostoso. Ao invés disso, mudou seus lábios para seu pescoço, depositando um beijo por cima da gola de sua blusa, direto em sua pele perfeita. Uma outra péssima ideia porque a pele dela era quente e o cheiro dela maravilhoso.

— Quando é sobre você, sempre falo sério, bebê. — respondeu e franziu a testa. — Mas preciso dizer que sua recepção na última vez foi melhor.

Seu rosto pareceu, enfim, relaxar com as palavras. Sorriu lindamente. O único sorriso que conseguia fazer com que viajasse por seis horas para ver. A garota era um milagre mesmo. Amava tanto o sorriso dela que chegava a ser vergonhoso.

StormeOnde histórias criam vida. Descubra agora