𝟑𝟐.

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Havia deixado a Sala de Estar da mansão instantes depois de Narcissa voltar dos largos campos do jardim. Botas sujas de neve e roupas grossas de couro tentando protejer um pouco do vento cortante.

Ela segurava diversas pinhas grandes nas mãos, provavelmente retirada dos próprios pinheiros da propriedade. Malfoy tinha me dito que ela sempre fazia aquilo como tradição. Queria decorações de Natal mais frescas possíveis, acabando assim, de serem retiradas.

Malfoy estava sentado no meu lado no sofá, lendo uma das milhares papeladas que Sr. Malfoy pediu para que o filho checasse antes de serem enviadas para as determinadas empresas que comandavam.

"O herdeiro deve seguir os negócios da família."

Olhos cobertos de tempestade encaravam o filho com crítica e o mais podre julgamento.

Então sai do cômodo enfeitado seguindo até o meu quarto, até porquê, se eu postergasse mais alguns minutos não daria tempo de me arrumar para a festa de Natal.

Agora, uma toalha era o único tecido que enrolava meu corpo enquanto eu ia em direção ao armário tirando o vestido e sapatos de lá e pousando-os sobre a cama.

Me sentei na penteadeira ao lado para escovar os cabelos úmidos quando uma batida na porta é soada logo antes dela ser aberta sutilmente.

Malfoy me encarou concentrado no segundo em que me viu, se detendo á dar mais um passo sobre meu quarto. Um rápido olhar no vestido em minha cama já concretizava seus supostos pensamentos.

- Está com medo de entrar? - digo em tom estranhamente suave. Deixando claro que era uma óbvia provocação.

Seus olhos brilharam levemente sobre a luz fraca dos candelabros, então ele foi até mim.

- Não achei que me deixaria entrar em vestida assim.

- Assim como?

Ele apontou para a toalha presa em meu peito, encarando-a com muita atenção. Eu soltei um leve riso cínico.

- Se você fosse ao menos discreto eu até não ligaria. - digo o encarando venenosamente através do espelho da penteadeira.

Seus olhos se reviram quando volta a me olhar sem distrações nos olhos.

- Como foi com seu pai?

- Nada muito diferente. - responde. - Não é de agora que ele vem me pedindo para ajudar com os negócios da família.

- Mas não é isso que quer fazer para o resto da vida. - me levanto, virando para ele.

- O que quer dizer com isso?

- Eu reparo em você, Malfoy. Não sou uma completa narcisista. - seus olhos vagaram atentamente pelo meu corpo coberto com a toalha. - Vire-se. - ordeno.

E o garoto logo se vira de costas para mim em uma ação só.

- Qual é a razão de ter vindo aqui se não posso nem te olhar Greengrass... - ele reclamou, mas ignoro suas palavras inúteis.

𝐂𝐫𝐚𝐳𝐲 𝐢𝐧 𝐋𝐨𝐯𝐞 ; drastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora