𝟎𝟓.

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Desperto totalmente dos meus pesadelos, sento na cama me apoiando no dossel da mesma.

​Mais um dos rotineiros pesadelos da minha época de Comensal.

​Tinha certeza que aquilo me perturbaria até meu último suspiro desta vida.

​Me levanto da cama e coloco um suéter preto de gola alta que estava pousado sob uma cadeira. Aparentemente, devo ter acordado mais cedo que o habitual, reparo que marcava 01:23 da manhã no relógio de Zabini.

​Sabia que não voltaria a dormir mais naquela noite, então saio do dormitório e desço até o salão comunal, sombrio e deserto.

​A única luz no largo cômodo provinha das altas janelas, submersas no Lago Negro, um tom esverdeado e volta e meia peixes que brilhavam passavam pelos arredores, iluminando um pouco mais o ambiente.

​Me aproximo das janelas e as observo com atenção tentando identificar os seres que mergulhavam sobre as aguas.

​- Draco? – uma voz inconfundível vinha da entrada do salão das serpentes.

​Me viro bruscamente para a origem do barulho.

​- Pansy. O que esta fazendo aqui? - encosto no vidro da janela.

​- Monitoria. - ela aponta para o grande distintivo preso em sua capa.

​- Onde está o outro monitor?

​​- Miles Bletchley? Hmm... ele... ele decidiu acabar a ronda mais cedo - depois da confusão, ela solta um sorriso perverso. - Sinto falta de você, Draco. Das nossas rondas a noite quando você era monitor... - ela se aproximava de mim.

No 5º e começo do 6º ano Pansy e eu não fazíamos as rondas corretamente, por assim dizer. Apenas longas horas de amassos em armários de limpeza ou qualquer sala de aula destrancada.

​​- Não sou mais monitor Parkinson. - ela continuava se aproximando da alta janela em que eu estava apoiado. - E nós não somos mais nada.

​- Tem certeza? - ela dizia sentimental, segurando em meu braço.

Eu assento com a cabeça confirmando a afirmação que fiz e me separar da Parkinson.

​​- Okay... então... –ela desencosta de mim e vira à direita, em direção ao dormitório feminino, com o rosto triste olhando para o chão.

Segundos depois dela fechar a porta para os quartos das garotas, Urquhart entra correndo na sala comunal ofegante e com as vestes todas amaçadas, quando me vê dá um breve sorriso constrangido.

Me viro com uma cara de nojo e volto para dentro do meu dormitório.

Não volto a dormir, dou apenas leves cochilos até o amanhecer. Pego o uniforme das serpentes e vou ao banheiro tomar banho. Quando volto, pronto, na área das camas Nott, Zabini e Goyle já estavam acordados e se arrumando para o dia.

​​- Qual aula vai ter agora? –pergunta Goyle, que já estava pronto, para Blasio.

​​- DCAT. E você? –responde ajeitando a gravata verde e prata.

​​- Herbologia. –Goyle responde seco saindo do dormitório.

Zabini com a cara emburrada, revira os olhos para a porta do dormitório já fechada.

​​- Goyle nunca foi assim. –diz Nott se levantando da cama.

Eu saio para o café da manhã sozinho.

Lá no grande Salão Principal, Miles Bletchley se sentava junto com Zabini, Nott, Goyle, Carrow, Urquhart e Fawley

Já eu, resolvi me afastar daquele grupo durante a manhã.

𝐂𝐫𝐚𝐳𝐲 𝐢𝐧 𝐋𝐨𝐯𝐞 ; drastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora