Capítulo quatro

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23 de agosto de 1991:

Abro meus olhos e tento focá-los em algum lugar, meus olhos estavam pesados e minha cabeça doía por algum motivo.

Sentei-me na cama, olhando para as minhas mãos que tremiam levemente. Respiro fundo e começo a meditar, tinha que deixar meu núcleo limpo para absorver as almas que estavam no meu corpo.

Elas poderiam ser deliciosas, mas quando não eram usadas por muito tempo, começavam a mexer com o sistema nervoso e isso era péssimo.

Alguns segundos depois, consigo encontrar as almas no meu corpo e começo a destroçá-las, no final, apenas sobrou pó de alma em mim.

Quando eu quisesse usá-las, só precisaria reconstruí-las com ajuda desse pó.

Suspiro em alívio e olho novamente para minha mão, não estava tremendo mais. Levantei-me da cama e olho para a mesa de cabeceira vendo minha varinha.

Ela era meio rosada, mas era ótima para meu núcleo claro... Claro, ele não é mais tão limpo quanto antes, mas quem liga?

Pego a varinha que não tinha mais rastreador e tento fazer um feitiço banal, como Wingardium Leviosa.

Mas nem mesmo uma fagulha de magia saiu da ponta da minha varinha. Deveria ir ao senhor Olívaras e trocá-la.

_ Você virou inútil. - Briguei com ela. _ Nem mesmo naquele dia você me ajudou. - A deixo na cama e vou até a minha toalha, deveria tomar banho e depois descer para tomar café da manhã.

Vou até ao banheiro, deixando a toalha em cima da pia. Começo a tirar minha camisola de renda e a deixo em cima da cesta de roupa suja.

Vou até ao chuveiro e o ligo, fazendo que uma corrente de água gelada saísse dele.

_ Poderia ter saído água quente. - Digo tremendo de frio.

Espero a água esquentar e quando esquenta, começo a tomar banho. A água quente que caía na minha pele estava gostosa, as gotas deslizavam pela minha pele e descia por todo meu corpo, me trazendo uma sensação gostosa de quentura.

Começo a me lavar e o sabão descia calmamente pela minha pele, deslizando pelo chão do box do banheiro.

Termino de tomar banho e vou até a pia para pegar a minha toalha, a enrolando no meu corpo.

Seco meu pé no tapete do banheiro e vou até ao quarto para vestir minhas roupas.

Depois começo a pentear meus cabelos e secá-los com um feitiço sem varinha.

Olho para meu quarto bagunçado e com um estalar de dedos, o quarto estava sendo arrumado. Coloco minha toalha no encosto da cadeira e saio do quarto, depois voltaria para escovar os dentes.

Desço a escadaria principal e vou até a sala de jantar, vendo mamãe lendo um jornal com tamanha concentração. Sentei-me no meu lugar e começo a encher minha xícara com café, passo manteiga na torrada e a olho.

_ O que está te impedindo de comer, mamãe? - Olhou-me e deu bom dia.

_ Estava lendo que Harry Potter vai estudar em Hogwarts esse ano. - Mordi minha língua para não proferir nenhuma ofensa.

_ Que ótimo, estudarei com ele até o seu terceiro ano. - Tentei não destroçar a torrada.

_ Sim, talvez vocês sejam bons amigos. - Para os meus planos, espero que sim.

_ Hoje vou ao Gringotts. - Prestou atenção. _ Também tenho que ir ao Olívaras, minha varinha não está funcionando. - Colocou a xícara no pires. _ Terei que comprar outra.

Conectado ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora