Capítulo dez

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25 de dezembro de 1991:

Estava sentada, desenhando um rosto e todos ficavam estranhos. Precisava de uma foto, de uma imagem para tentar relembrar cada mínimo detalhe de Tom Riddle. Mas não tinha nada.

Queria estar em Hogwarts, então poderia pegar o anuário de 1945 e ver seu rosto mais uma vez, mas nem isso poderia fazer.

Tudo que sobrou dele foi o diário e... Paro de pensar e bato no meu rosto, pela burrice que me assolou alguns segundos atrás. Tinha algo muito melhor que uma fotografia, tinha o Tom Riddle adolescente.

Levantei-me da cadeira e vou até ao meu closet, para pegar a minha carteira, estava tão ocupada com a preparação do jantar de hoje à noite que nem tirei as Horcrux da carteira.

Pego a carteira e enfio minha mão nela, para pegar a caixa.

A caixa estava na minha mão e jogo a carteira em algum lugar do quarto, vou até a escrivaninha e coloco a caixa em cima dela.

A faço voltar ao tamanho normal e a abro, retirando o diário dela.

Sentei-me na cadeira e retiro uma pena do potinho, escrevendo algo logo em seguida.

"Desculpe-me por não responder, estava com pressa naquele dia."

A tinta sumiu e rapidamente Tom escreveu, sua caligrafia era impecável.

"Ainda não me respondeu de onde me conhece e quem é você?"

Ele realmente não gostava de perder, ainda mais se sua liberdade estivesse em jogo.

"Me chamo Tessa Lestrange, e o conheço pelo meu pai, Rabastan Lestrange."

Na verdade, o conhecia pela sua fama, mas isso poderia deixar para mais tarde.

"Como conseguiu meu diário?"

Perguntou depois de alguns segundos, mas sentia minha magia indo embora e se juntado ao diário.

"Pedi a um duende que roubasse do cofre Malfoy."

Bom, se quisesse sua confiança, deveria contar algumas verdades.

"Por quê?"

"Porque quero reerguê-lo, Lorde Voldemort. O senhor morreu ou quase isso, mas preciso do senhor."

"Por quê?"

"Para minha vingança pessoal. Irei lhe devolver um corpo, me ajudaria?"

"O que precisa?"

"Preciso desenhar, você poderia me puxar para o diário, para que eu pudesse desenhar?"

"Sim."

O diário começou a brilhar e pego meu caderno e pena, sendo puxada para o diário.

Estava sentada a sua frente, em um sofá confortável de couro. O local era o salão comunal da Sonserina.

O observei, vendo que estava com uma camisa social branca com os dois botões de cima abertos, seus lábios estavam avermelhados como se tivesse bebido sangue.

Seus olhos castanhos quase verdes me fizeram relembrar meu sonho molhado. Ele era lindo e não poderia negar isso.

Seus cabelos assimétricos eram bonitos, mas seu cacho que sempre caia em sua testa lhe dava um charme a mais.

Conectado ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora