Capítulo dezenove

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30 de junho de 1992:

Olho para Tom, que me observava de cima a baixo, não estava feia, só estava casual.

Meus cabelos estavam soltos e ele foi até a segunda cômoda, pegando algo. Veio até mim, me mostrando uma presilha deslizante em meia-lua.

_ Gostou? - Apenas concordei. _ Fiquei sabendo que gosta de estrelas, não achei uma, então comprei uma meia-lua. - Pegou duas mechas de cabelo e os prendeu com a presilha. _ O que achou? - Levou-me até o espelho de corpo todo e vejo a presilha no meu cabelo.

_ Achei perfeito, obrigada. - O olho pelo espelho e ele beijou minha nuca.

_ Tudo para você. - Pegou minha mão, a beijando. _ Vamos, temos que ir ao Gringotts.

_ Você vai assim? Nem mesmo um disfarce? - Estava despojado. _ Pelo menos arrume os cabelos, troque a camisa e coloque algo melhor.

Vou para o seu lado do closet e começo a escolher sua roupa, pego um paletó vinho e uma camisa social preta, os deixando em cima da cômoda.

Aproximei-me dele e começo a desabotoar sua camisa, botão por botão. Ele me olhava e apenas continuava fazendo meu serviço, retiro sua camisa e aliso meus dedos em seu abdômen, o fazendo rir.

Beijo seu peito e sinto meu coração apertar, merda. Meus sentimentos estavam mudando e isso era horrível.

_ Se continuar assim. - Levantou minha cabeça pelo queixo e mordeu meus lábios. _ Vou te jogar na cama e só saio dali, depois de você revirar os olhos. - Pego a camisa preta e o ajudo colocar.

_ Coloque a camisa, não farei isso para você. - Olhei para sua calça social preta.

Pego o paletó vinho e o entrego, depois que arrumou a camisa.

_ Está melhor assim? - Deu uma voltinha sorrindo.

_ Arrume seu cabelo, não consigo ver seus olhos e você, meu bom senhor, tem que cortar o cabelo. Prestou atenção em minhas palavras. _ Está grande demais para você.

Deslizo meus dedos pelos fios de seu cabelo, fazendo que saísse da frente de seus olhos vermelhos.

Deu um passo para atrás, saindo de perto de mim. Respirei fundo e bato devagar no meu peito, deveria parar ou meu coração ficaria destroçado no final.

Saio do closet e vou para o quarto, me sentando na cama enquanto esperava o Tom, não gostava de usar batom ou maquiagem, tinha alergia.

Olho para o lado e vejo Tom, com seus cabelos jogados para trás, mas o cacho de sempre, deslizava para o meio de sua testa, deixando sua marca registrada.

Levantei-me da cama e tento colocar o cacho no lugar, mas sempre voltava para o meio da testa.

_ Você não vai colocar um disfarce?

_ Eles não vão me reconhecer, meu rosto mudou muito. - Não era mentira.

_ Bom, acho que está igual quando você era adolescente, apenas um pouco maduro. - Deslizo meus dedos pelo seu rosto, sentindo-o quente e um pouco de barba, deveria fazê-la.

_ Ele está perfeito, vamos. - Pegou a minha mão, a entrelaçando com a sua.

Saímos do quarto, descendo a escada e sendo visto por alguns Comensais, que fizeram algumas mesuras.

Abrimos a porta e aparatamos em um beco qualquer no Beco Diagonal. Ele ainda segurava a minha mão e seguimos para o banco. Alguns nos olhavam e outros sussurravam. Tom fazia muito sucesso.

Apertou ainda mais a minha mão, fazendo que ela doesse um pouco. Subimos os degraus e vejo os duendes da porta.

_ Boa tarde, grandes guerreiros que protegem a porta. - Era apenas cinco horas da tarde.

Conectado ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora