Capítulo oito

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17 de dezembro de 1991:

Eram 7:30 da manhã e estava novamente na sala precisa, olhando a bagunça que fiz. Varinha jogada no chão, papéis e desenhos de corpos e rostos.

Estudos sobre poções e suas reações contra a maldição Maledictus, roupas jogadas pelos cantos da sala e o pior, meu pergaminho com o rosto perfeito para Tom Riddle voou para o fogo da lareira.

_ Me mate de uma vez! - Grito para o fogo crepitante. _ Inferno. - Me levanto, indo até ao fogo para ver se tinha sobrado alguma coisa e tinha. Cinzas.

Bufei, revirando os olhos. Mexo as mãos e a bagunça estava sendo organizada. Adorava magia.

Invoco um espelho para ver minhas marcas que ardiam sem parar hoje.

_ Vocês poderiam ter me avisado que isso ardia! - Olho para cima. _ Depois fala que sou a esquecida.

Nenhum livro me dizia o porquê das marcas estarem ardendo, e Merfina ou Gefina, não iriam descer até aqui e me contar o motivo.
Eu só deveria ficar quieta e ver se ardência melhorava.

Suspirei e vejo o meu estado, não estava ruim e com isso, estava pronta. Pronta para ter uma aula interessante com Tom.

Pego a minha varinha e faço meus livros, penas e tintas levitar. Saio da sala precisa e vou em direção da grande escadaria para descer para o Grande Salão.

Encontro o professor e ele estava meio pálido, será que ele já estava morrendo? Não é muito cedo? Não, já estamos em dezembro.

_ O senhor não parece muito bem. - Desço um degrau e ele se virou.

Seus olhos ficaram meio avermelhados e isso indicava que era o Lorde tomando o lugar.

_ Peguei uma gripe forte, mas não se preocupe.

_ Mas me preocupo. - Zombei. _ O senhor é um professor excelente, apenas sua gagueira é irritante.

_ Fico muito nervoso às vezes. - Aproximou-se.

_ Mas comigo o senhor não fica nervoso, devo me sentir privilegiada?

_ Sim. - Tentou me tocar. _ A senhorita é um mistério para mim, como professor, é claro.

_ O que quer dizer?

_ Sua cabeça fala uma coisa, mas seu coração e atitudes dizem outras. - Não posso discordar. _ Por isso que você é um mistério para mim.

_ Talvez o senhor esteja certo, um dia, se for possível, lhe conto o que tanto te intriga, mas agora, só quero comer um bom café da manhã. - Entro no salão. _ Até mais tarde, professor.

Sentei-me em meu lugar e Gemma ficou me olhando, e observou o professor.

_ Não estou amando, saindo ou algo que você imaginou com o professor. - Revirei os olhos.

_ Merda. - Disse emburrada. _ Você lê pensamentos agora?

_ Está estampado em seu rosto.

_ Ah, está empolgada para hoje?

_ Não, não tem nada de mais para hoje. Apenas aula.

_ E uma partida sem ser oficial de quadribol. - Duvido que vá.

_ Nesse frio? Eles irão morrer de hipotermia. - Começo a comer.

_ Seu senso de humor melhorou muito.

_ Irei levar isso como um elogio. - Deu de ombros e continuou comendo.

Depois de alguns minutos, limpo a minha boca e saio do Grande Salão com meus materiais me seguindo.

Conectado ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora