Os cinco amigos assim que terminaram a aula foram para o estacionamento ainda pensando e impressionados com a volta de Bruno Rodríguez para o colégio, eles haviam o visto no velório de Christian porém não imaginavam que ele voltaria para o colégio. Eles se distribuíram entre os carros de Alfonso e Christopher para ir fazer uma visita à professora Gláucia no endereço que Dulce havia conseguido. Assim que chegaram no endereço perceberam que era uma casa simples e pequena no subúrbio da cidade.
- Ela mora aí? - Questionou Anahí desdenhando.
- Se o endereço estiver certo sim. - Informou Dulce.
Eles foram juntos até a porta e bateram duas vezes, alguns minutos depois Gláucia abriu a porta se surpreendendo ao vê-los ali.
- Meninos!
- Oi professora, tudo bem? - Falou Maite meio sem graça.
- O que fazem aqui? Tá tudo bem? - Perguntou Gláucia impressionada.
- A gente queria conversar com a senhora um pouquinho. - Informou Alfonso.
- Se não for incomodo. - Completou Anahí.
- Não, imagina. Entrem por favor! - Pediu Gláucia. - E não reparem na bagunça. - Falou ela enquanto eles entravam. - Podem sentar.
Os cinco sentaram-se no sofá de frente para a professora, eles estavam visivelmente desajeitados com aquela situação e Gláucia surpresa com a visita.
- Então? O que querem conversar? - Questionou ela e eles se entreolharam sem saber o que dizer e como dizer.
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O inspetor Sebastián e o investigador Gastão foram até o sítio da família de Christopher fazer uma varredura e encontrar mais possíveis provas ou um caminho a seguir, talvez algo que indicasse um suspeito mais concreto ou o que teria ocorrido naquela noite. Eles começaram pelo lado de fora da casa refazendo a cena da noite da morte de acordo com os depoimentos das testemunhas.
- Ele não podia estar tão aqui em baixo porque os outros não demoraram tanto. - Falou Sebastián.
- Mas ele também não estava tão perto da casa.
- Então podemos chegar a conclusão que ele estava mais ou menos aqui. - Falou Sebastián indicando o lugar.
- Sim, e pelo jeito aqui ao redor não tem... - Falava Gastão andando e olhando para o chão quando de repente parou. - Encontrei algo Sebastián.
- O que é?
- Um projétil.
- Como? - Questionou Sebastián indo até ele. Gastão pegou o projétil usando um par de luvas e colocou em um saquinho para levar ao laboratório. - Não deveria ter um projétil aqui.
- Não, não deveria. A bala ficou alojada em Christian. E nenhuma das testemunhas falou sobre dois tiros.
- As vezes no calor da adrenalina eles não perceberam um segundo tiro.
- Mas nenhum dos cinco percebeu?
- Ou talvez não tenham sido dois tiros seguidos. Se o assassino queria já conhecer este lugar, ele pode ter vindo aqui antes. - Sugeriu Sebastián.
- Faz sentido.
- Vamos levar para a Eiza analisar se são da mesma arma.
- Olha onde a bala bateu. - Falou Gastão passando a mão pela árvore onde tinha marcas da bala, Sebastián tirou algumas fotos.
- Vamos olhar do lado de dentro.
Assim que os policiais entraram perceberam que as coisas não estavam na mesma posição, eles não sabiam detalhar tudo o que estava fora do lugar, mas algumas coisas estavam diferentes desde a última vez que estiveram lá investigando.
- Será que foi um dos cinco que esteve aqui? - Questionou Gastão. - São eles os principais suspeitos.
- Mas sabem que não podiam vir aqui e os pais do Christopher afirmaram que não deram a chave para ninguém vim aqui desde o ocorrido, nem mesmo as faxineiras.
- Então a pessoa que entrou ou tem uma cópia que não sabemos ou invadiu.
- Vamos dar uma olhada em tudo, cada detalhe conta. - Ordenou Sebastián.
Os dois começaram a vasculhar a casa pelo primeiro andar, Gastão olhava a cozinha e Sebastián a sala. O inspetor olhava debaixo dos móveis e nos armários, quando ele abriu a segunda gaveta do móvel da televisão ele se surpreendeu e gritou Gastão.
- Gastão! Gastão! Vem aqui na sala. - Pediu Sebastián com algo na mão.
- Encontrou algo? - Questionou Gastão.
- Sim. - Afirmou Sebastián se virando para ele com o diário de Christian nas mãos.
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- Nada demais, a gente queria mais é saber como a senhora está. - Falou Christopher.
- Bom, tá tudo bem comigo queridos. E vocês? O colégio?
- Professora, nós queremos saber como está depois do que ocorreu quando a senhora saiu do colégio. - Falou Dulce.
- Ah... Bom não tenho muito o que falar não. Está tudo bem comigo, eu agora trabalho como costureira, sabe? É de forma autônoma, não é o que mais amo fazer, mas é um bom trabalho que dá um dinheiro suficiente para sobreviver. Depois do ocorrido eu fiquei um pouco mais de um mês presa como determinou o juiz, lá aprendi boa parte do que sei de costura, participei de uma oficina de conscientização antidrogas e fiz alguns trabalhos comunitários. Quando terminei de pagar tudo o que devia foi impossível conseguir um emprego como professora aí decidi me dedicar a costura. - Contou Gláucia.
- Sinto muito. - Falou Dulce baixinho mas Gláucia ouviu.
- Não há o que sentir filha, tá tudo bem já se passaram muitos anos.
- É que professora... Não tem como não nos sentirmos culpados, é que... - Maite não sabia bem como dizer a verdade.
- Maite! - Falou Christopher chamando a atenção dela que estava falando demais.
- Ela precisa saber.
- O que eu preciso saber queridos?
- É que talvez nós tenhamos tido uma certa parcela de culpa na sua demissão. - Explicou Alfonso.
- Uma parcela não, a maior parte eu diria. Eu já sabia que tinha sido vocês os responsáveis pelo o que me aconteceu. - Informou Gláucia surpreendendo os rebeldes.
- Que? - Falaram eles juntos em uníssono.
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Trás de Mí
Mistério / SuspenseApós um dos integrantes do grupo morrer alguns segredos desses seis amigos começam vir a tona prejudicando a amizade deles, a confiança e a reputação no colégio. Juntos eles decidem descobrir quem está por trás de tudo isso, porém essa trajetória em...