Sétimo Dia

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- Queridos irmãos, amigos e familiares do nosso amado e abençoado Christian Chávez, estamos aqui hoje reunidos para celebrar a missa do sétimo dia em homenagem a esse grande amigo que nos deixou demasiado cedo e de forma repentina para ir para os braços do pai celestial. Com muito pesar a família convidou a todos para estarem aqui hoje para orarmos o seu sétimo dia de luto. - Falou o padre iniciando a cerimônia. - Ao Christian que esteja aonde esteja saiba que estão aqui reunidos todas as pessoas que lhe queriam bem, unidos aos olhos de Deus para celebrar e te homenagear neste dia.

O silêncio entre os que estavam assistindo a missa era predominante, e entre tanto silêncio e comoção os amigos mais próximos de Christian se quer conseguiam se olhar de relance. O padre seguiu a missa e em seguida fez uma oração para a alma de Christian. Após a oração dona María e seu Cosme Chávez subiram ao altar para também falarem algumas palavras sobre seu filho.

- Christian para nós era mais que um filho, um amigo e um companheiro. Éramos uma família, apesar de pequena, unida e feliz. Christian para sempre estará na memória de muitos e espero eu que positivamente.  - Falou seu Cosme um pouco emocionado.

- Nosso filho era alguém cheio de vida, feliz, leve e uma pessoa tão boa. Receber a notícia de sua morte foi o dia mais difícil e mais dolorido de nossas vidas, um momento que inundou de tristeza nosso coração. Mas aos poucos sabemos que essa tristeza se converterá em uma boa memória de nosso pequeno e em felicidade de poder te tido ele como meu filho. - Falou dona María emocionada. - Christian tinha muitos amigos, mas cinco em especial que eram como sua família e eu queria pedir-lhes para que subissem aqui e dissessem algumas palavras. - Pediu dona María.

Os cinco no banco da igreja gelaram. O que eles poderiam falar naquele momento? Depois de tanta briga e de estarem tão magoados eles poderiam dizer algo bom? Um silêncio constrangedor se estendeu por alguns segundos até que Dulce levantou-se e foi a frente começar a falar dando mais tempo e calma para os outros.

- Eu conhecia o Christian a pouco mais de cinco anos, éramos bons amigos, onde ele chegava conquistava a todos com seu bom humor e sua felicidade de viver, ele contagiava a todos. No dia que partiu ele plantou uma semente em nossos corações, uma semente de saudade que para sempre estará aqui e nunca mais nos abandonará. Eu espero que o Christian esteja ao lado de Deus olhando por nós e que ele possa ter encontrado a paz que todos nós almejamos. - Falou Dulce controlando a emoção e em seguida desceu.

Então mais uma vez um silêncio tomou conta da igreja até que Anahí levantou-se e foi até o altar. Entre as pessoas que estavam ali a grande dúvida que persistia era se Christopher iria também dizer algo.

- O que falar do Christian? Ele era uma das pessoas mais incríveis que eu conheci, era um companheiro sem igual, estava sempre pronto a nos ajudar quando precisávamos, sempre disposto a ouvir meus lamentos e murmúrios. Christian esteve ao meu lado no meu momento mais difícil da minha vida, quando eu estive mais sozinha e mais abandonada, quando eu pensei que mais ninguém me apoiaria ele me apoiou e me deu a mão. Jamais poderei esquecer tudo o que fez por mim, mesmo quando eu não pude fazer o mesmo. Que você descanse em paz Christian. - Falou Anahí derramando algumas poucas lágrimas tímidas e leves.

Assim que Anahí desceu do altar Alfonso levantou-se e foi até lá.

- Hoje eu sinto que precisamos recordá-lo de maneira especial, lembrando de todas as coisas maravilhosas que ele fez por nós, dos momentos de felicidade. Eu sempre irei homenagear e lembrar de Christian com carinho, era um grande amigo, um irmão, sempre irei sentir sua falta e nada fará isso mudar e irei manter vivo seu legado de amizade, carinho e cumplicidade. Até um dia, meu amigo. - Falou Alfonso.

Em seguida um silêncio constrangedor tomou conta da igreja novamente, faltavam apenas Christopher e Maite, ele a olhou de relance e ela o encarava. Christopher respirou fundo, levantou-se e foi até a frente.

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