48. Não! Não! Não!

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Eu, minha irmã e meus pais estávamos no cartório dando seguimento aos papéis da minha emancipação.

Meu pai estava brigado comigo e, justamente por causa dessa situação, ele queria logo se livrar de mim.

Minha mãe ao menos estava trocando meia dúzia de palavras comigo e com a minha irmã diariamente.

Eu sei que depois que os papéis estiverem assinados e o juiz autorizar vai ser um rompimento completo de tudo que vivemos como família.

Estava na fila do cartório quando tive impressão de ver o meu ex no balcão junto com os pais.

Estreitei os olhos e percebi que eu não estava errada. Lá no fundo eu tinha esperança que ele passasse reto por nós, mas foi justamente o oposto que aconteceu com a gente.

Assim que bateu os olhos em mim, ele e a mãe se aproximaram da nossa família.

- Oi Denise, a quanto tempo a gente não se vê.

E eu preferia que tivesse continuado assim, mas obviamente não falei isso:

- Pois é.
- Oi Nádia, oi Luiz - a minha ex sogra cumprimentou os meus pais.
- Oi Débora - minha mãe cumprimentou.
- Que coincidência nos encontramos justo na fila do cartório - falou o pai do meu ex.
- Pois é, o destino sempre reúne as pessoas, não é mesmo? - perguntou a minha mãe super irônica.
- Posso falar com você, Den?

Olhei para a minha família e perguntei:

- O que você quer?
- Conversar com você.
- Vamos lá.

Me afastei de todos e andei com o Cris até uma certa distância:

- Den, eu acho que não foi a toa que nos encontramos aqui hoje.

Até a forma como ele me chama de Den me dá enjoo, ou talvez seja só o enjoo matinal.

- É mesmo? - dei um sorriso amarelo.
- Sim, quer dizer... Você está mais bonita ainda e eu me arrependi por ter terminado com você.

Não! Não! Não! Por que topei conversar com ele mesmo?

- O que acha de tentarmos de novo?
- Cris... É sério tudo isso?
- Mais sério do que você pode imaginar.

Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, justo naquele momento ele tinha que estar no cartório também?

- Cris, eu tô noiva de outro homem.

É melhor arrancar o band aid de vez ao invés de ir aos poucos, não é mesmo?

- Noiva?

A cara de decepção quebrou o meu coração:

- Sim, vamos nos casar. Por isso eu estou aqui. Meus pais vão me emancipar.
- Seus pais vão te emancipar? - ele perguntou descrente - seus pais amam te controlar, isso sim.
- Pois é, mas eu consegui a minha carta de alforria.

Nessa hora a minha irmã apareceu e disse:

- Denise, a gente precisa de você lá...

Olhei para o Cris e disse:

- Eu vou indo, tchau viu? Manda beijo pros seus pais.

E aproveitei o motivo que a Vitória me deu para fugir dali.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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Enfeitiçada por ele - Livro 1 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora