Enfeitiçada por ele - Livro 1 (Série Família Cavallero) [Concluído]

54. Desde que você nasceu eu imagino esse dia

O meu casamento parecia até um filme digno de sessão da tarde.

Tudo estava lindo e, do meu lado da família, ensaiado demais, tudo para enganar os coitados dos meus avós maternos e paternos.

A única coisa verdadeira é o meu amor pelo Jorge, nunca na minha vida eu imaginei que pudesse amar tanto assim alguém.

Me olhei uma última vez no espelho vestida de noiva e perguntei pra Val:

- Você acha que o Jorge vai gostar?
- Amiga, você tá se enxergando? Ele vai amar te ver assim. Você está maravilhosa.

Olhei para a minha mãe, para a minha irmã e para a minha tia e elas minha irmã disse:

- Se você estivesse mais linda seria presa no meio do casamento por furtar toda a beleza do Brasil.

Dei uma risada da piada esdrúxula dela, então minha avó disse:

- Você nunca esteve tão bela.
- Verdade, Denise. Nem sei como você consegue se perguntar se o Jorge vai gostar. Ele só não iria gostar se fosse cego - falou a minha tia.
- Vocês estão me deixando confiante demais.

Minha mãe se aproximou de mim e disse:

- Eu não acredito que a minha filha vai se casar.

Dei as mãos para ela e disse:

- Eu vou, mamãe.
- Você é a noiva mais linda do universo todo.

Minha mãe estava se esforçando pra não chorar.

- Obrigada por estar aqui comigo - falei sinceramente.
- Não precisa agradecer.

Nessa hora o meu pai entrou correndo pela porta e disse:

- Está quase na hora, temos que ir para o atraso não deixar de ser um charme para se tornar uma perturbação.

Todas as mulheres saíram do ambiente e ficamos só eu e ele. Nessa hora ele se aproximou de mim e disse:

- Eu sempre pensei, desde o dia em que você nasceu, no dia em que eu te levaria ao altar e você estaria bonita assim e teria encontrado o amor da sua vida.
- Isso realmente aconteceu, pai.
- Eu sei, minha filha. Eu sou grato por Deus ter posto um homem direito na sua vida.
- Graças a Ele eu encontrei o homem da minha vida.

Nos olhamos mais uma vez, então ele perguntou:

- Vamos?
- Vamos.

Ele me pegou pelo braço e a minha mãe e a minha irmã me ajudaram lá fora com a cauda de sei lá quantos metros.
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