Capítulo 19

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Chorar é diminuir a profundidade da dor.

- William Shakespeare 

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

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LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!

Rafael:

Me remexo na cama ansioso, não sei exatamente que horas são, mas sei que Allexia irá aparecer novamente a qualquer momento, olho mais uma vez para a porta na expectativa de ver ela entrando pelo pedaço de ferro desgastado, após uns segundos percebo que talvez ela não vai e abaixo os ombros.

Minha realidade mudou desde que ela apareceu, estão maneirando com meu couro, as agressões cessaram, estão me alimentando melhor, e Maitê não dar as caras a uns dias, alguma coisa esta acontecendo, sua irmã está a frente de tudo que acontece no morro. Eu tenho medo, muito medo do que Maitê planeja, medo dela machucar minha garota, medo dela machucar minha família. 

Eu temo não sair daqui vivo para ir viver com minha família, temo não conseguir construir uma nova família com Allexia, temo deixar todos para trás, mesmo que eu não demonstre, eu tenho muito medo de perder todos, de conseguirem arrancar minha vida sem eu ter realizado o maior dos meus sonhos, fazer Allexia feliz de verdade.

Meus pensamento me atormentam e começo a imaginar as pessoas ao meu redor vivendo sem mim, minha mente fantasia uma cena da minha mulher sendo feliz com outro cara, da minha mãe sempre triste pelos cantos, da minha irmã tendo que sofrer com tudo que presenciou. Sinto meu rosto quente, e só ai me dou conta que estou chorando, depois de oito anos guardando tudo para mim e sempre procurando esconder meus sentimentos por medo de ser fraco, ou de ser inferior ao demais, ou ser apenas taxado de "mariquinha", como meu pai sempre chamava.

E então imagens do seu rosto cruel invade minha mente.

" Eu te avisei garoto, você nunca vai ser alguém digno de um trono, você é fraco, não tem maldade suficiente em você para que possa derrotar seus inimigos" 

Meus olhos estavam encharcados de lágrimas dolorosas, cada palavra sua sobre mim é como uma faca em meu peito, eu o admiro tanto, mas nunca consigo ser alguém que o orgulha.

" Não o bata Matheus, nosso filho é bom, ele é puro, não o faça perder a alma dele com sua crueldade" 

" Cala a boca Helena, você trouxe um fraco ao mundo, que porra de alma o que mulher, não vem com esse papinho de criança pra cima de mim, você nunca vai chegar ao meu nível" 

Encaro o rosto do meu pai com muita dor, minha alma doía, suas palavras me dilaceravam e ele nem fazia ideia, ou se fazia ele gostava, se sentia poderoso. Bom enquanto ele sentia isso, eu só queria sumir, ou torcia muito para que ele acabasse minha dor logo.

Refém De Uma EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora