Capítulo 43

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A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.

- Mahatma Gandhi

- Mahatma Gandhi

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Rafael: 

Sinto um pesar assim que entro na sala e dou de cara com o corpo dela sem movimento algum, observo o tubo que esta lhe dando oxigênio, em seu dedo outra agulha que passa o soro, sua cabeça esta enfaixada me impedindo de ver seus cabelos sedosos, o aparelho apita ao lado detectando seus batimentos. Pego sua mão e aliso. 

- Me desculpa. - As lágrimas já começam a cair freneticamente em meu rosto.  - Era pra eu esta ai, não você. - Digo encarando seu rosto pálido, seu peito sobe e desce tão devagar, queria tanto saber no que ela esta sonhando, ou sequer pensando nesse momento. 

Não consigo falar mais nada assim que o choro de angustia invade meus olhos, deixando sua imagem cada vez mais fosca.  

- Você precisa sair dessa rápido Alle, eu preciso de você ao meu lado. - Levo sua mão suavemente aos meus lábios e deixo um beijo neles, por um segundo achei que ela mexeu. - Alle você esta me escutando?.- Espero que ela mexa ao menos a mão, mas isso não acontece. - Meu amor se você estiver me escutando aperta minha mão, ou mexe um dedo. - Encaro sua mão entrelaçada a minha na esperança que ela faça algo, mas não acontece nada, suspiro frustrado e limpo as lágrimas que insiste em cair. 

- Tudo bem, eu espero seu tempo, mas seja rápido eu os guri precisamos de você o quanto antes. - Deixo um beijo na sua testa, a porta é aberta me fazendo ter um sobressalto. 

- Desculpa ter te assustado. - A enfermeira diz sem graça a e eu apenas balanço a cabeça e volto a olhar para o rosto da minha menina que dorme tranquilamente. 

- Ela esta respondendo bem aos medicamentos.- Ela diz, sua voz é tão calma que por um momento esqueço que estou em um hospital. - Ontem ela mexeu a mão quando eu estava dando o seu medicamento. - Um sorriso escapa dos meus lábios ao escuta isso. 

- Então isso é um sinal que ela irá se recuperar rápido?. - Olho para ela esperançoso. 

- Se ela continuar com esses sinais positivos sim, o quanto antes. - Ela sorri de canto e depois olha para Allexia que continua imóvel. - Ela me tirou da depressão quando eu tinha treze anos, eu estava fugindo de casa e ela esbarrou em mim, nós conversamos, ela me fez entender o sentido da vida de novo, pagou todas as minhas terapias até ano retrasado, e me ajudou a me formar em enfermagem, hoje sou uma nova mulher graças a ela. - Seus olhos estão bastante molhados, ela alisa os fios teimosos de Alle que insiste em sair da faixa.

Um sorriso se forma no canto da minha boca, encaro minha menina com um grande orgulho dela, tão pequena e frágil, mas ao mesmo tempo tão forte e gigante. 

Refém De Uma EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora