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Oii vidas, apenas passando para avisar que nos últimos dois capítulos houve alteração em algumas partes, basicamente eu mudei colocando que o Josh não contou para a Any que eles estão na Itália. Só isso, agora boa leitura 💗

  Any andava graciosamente ao meu lado, as ruas da Itália combinavam com ela, tudo parecia combinar com ela ultimamente... ela era como um raio de sol em um dia nublado, aquele que quando criança vemos e ficamos feliz por saber que não vai chover ou que mais tarde terá um arco íris. Any conseguia deixar tudo mais intenso com sua personalidade indescritível para mim, ao mesmo tempo que ela era minha doce Any, ela era a única pessoa que me enfrentava sem medo algum e eu gostava disso, gostava de quando ela gritava comigo, mesmo que não aconteceu muitas vezes. 

Eu estava alguns passos atrás dela, enquanto a mesma andava admirando as vitrines chiques do shopping ao ar livre. Já tínhamos entrado em algumas lojas mas ela nunca gostava de nada, eu por um lado, não reclamava pois gostava de passar um tempo com ela mas não nego que adoraria estar em casa agora.

Josh: — Vamos nessa, ela tem tudo -aponto para uma loja da Prada onde de costume eu comprava roupas para mim e Sofya.

Any arqueou as sobrancelhas me olhando surpresa, eu até iria brincar com ela sobre mas então me lembrei de sua vida antes e de que provavelmente ela nunca tinha ido a uma loja desse nível social.

Josh: — Escolha oque quiser querida -sorri para ela e então a deixando.

Me sentei em um dos sofás que tinha ali e logo fui servido com uma taça de champanhe, eu mexia em meu celular mas não deixava de observar Any e a atendente que a ajudava. Ela não tinha feito perguntas sobre onde estávamos, mas eu sei que a cabecinha dela já estava se revirando para descobrir, Any no início podia estar insegura e triste, mas eu sei bem que não devo subestimar ela nem um pouco.

Atendente: — Senhor Josh -veio até mim sorrindo- escolhemos algumas roupas para sua acompanhante e ela quer que o senhor vá avaliar.

Apenas assenti balançando a cabeça e então me levantei, caminhei até a sala com espelhos onde as pessoas experimentavam, graças aos céus só tinha nós ali. Não demorou para que Any saísse do provador vestindo um vestido vermelho bem ajustado em seu corpo, dei um olhar sugestivo para ela quando vi sua expressão emburrada.

Any: — Estão parecendo glacê de bolo! -reclamou revirando os olhos e voltou para dentro do elevador.

E isso se repetiu pelas duas horas que se seguiram, dessa vez ela pelo menos tinha gostado de bastante coisa mesmo assim pediu para ir em outras lojas. Acabei pagando pelos vários vestidos, saltos e bolsas, e logo tomamos rumo para mais uma das lojas de grife que tinha ali.

Por volta das três da tarde, paramos um pouco para comer algo, levei Any até uma cafeteria bem conceituada com vista para o mar. Fizemos nossos pedidos e infelizmente um silêncio se instalou na mesa. Eu sentia que queríamos falar, mas não sabíamos oque falar. Ainda não tinha me desculpado por gritar com ela, mas ela também não tinha se desculpado pelo show que deu quando saiu esperneando do jatinho. Suspiro virando o rosto em direção ao imenso mar a nossa frente.

Any: — Ficou muito caro as compras? -perguntou e eu a olhei, a mesma mordia o lábio inferior nervosamente- Não se preocupe ok? Eu irei pagar por tudo, se quiser eu posso trabalhar na casa enquanto Ângela não chega, posso lavar os carros e... hm... arrumar os quartos!

Foi impossível não rir diante das suas opções, afinal tínhamos vários empregados que faziam isso por nós todos os dias e a todo momento.

Josh: — Any, aceite tudo como um presente, tudo bem? Não precisa me pagar -dei de ombros vendo ela emburrar a cara e então me preparei para um possível surto de teimosia.

Any: — Não preciso que me dê presentes! -reclamou e eu só revirei os olhos a ignorando e voltando a olhar para o mar, ouvi a mais nova bufar e então se levantar- Vou ao banheiro, com licença.

Esperei ela se afastar um pouco antes de mandar um dos seguranças atrás dela, apenas para garantir que ela não fosse fazer nenhuma gracinha. Cinco minutos depois ela estava de volta, sendo segurada pelo braço pelo meu segurança enquanto se debatia e soltava uma série de palavrões, fazendo as outras pessoas ali se assustarem.

Segurança: — Ela estava tentando descobrir onde estamos senhor, ficou perguntando para os garçons -levantei meus óculos de sol a olhando nos olhos enquanto suspirava cansado.

A mesma puxou seu braço com força se soltando e voltando a sentar na cadeira, com os braços cruzados e cara fechada. Estava exalando raiva. Eu por um lado não iria começar uma discussão ali, pelo menos não agora. Nossos pedidos chegaram e eu comi tranquilamente enquanto Any fazia hora, eu estava tentando ser calmo e paciente, mas hoje ela estava em uma oscilação de humor terrível!

Josh: — Come logo essa merda antes que comece a passar mal! -mandei sério a olhando.

Ganhei um dedo do meio mas ela pelo menos começou a comer, devagar mas começou. Quarenta minutos depois estávamos voltando para os carros, cheios de sacolas e uma mulher mal humorada que estava me tirando do sério. Entrei com ela no banco de trás e fiz questão de travar as portas. Me virei para a mesma vendo ela com aquela expressão de quem está desafiando a minha pessoa.

Josh: — Eu não sei oque deu em você nessas últimas horas -disse sério a olhando- mas pare antes que eu me arrependa de não ter te largado em Los Angeles! Está agindo como uma louca?

Any: — Uma louca?! Vai se fuder Josh! -gritou se virando para mim- Você me trás para outro país, com um idioma que nunca ouvi na vida, não quer me falar onde e porquê estamos aqui e quer que eu aja como?! Que eu fique saltitando por aí e dizendo como a vida é linda?!

Josh: — Talvez eu te contaria se nas últimas vinte quatro horas você não tivesse me dado tanto trabalho! Pare de agir como uma vadia louca! -gritei de volta e em questão de poucos segundos senti sua mão batendo com força em meu rosto.

Any: — Primeira coisa! -gritou apontando o dedo no meu rosto- Nunca mais grite comigo, não sou a Heyoon ou qualquer outra puta que você fica e as trata como quer! Segundo, você quem está agindo como um psicopata possessivo! Eu não sou nada sua e nunca serei, mereço coisa melhor Josh!

E então eu me calei. Meu rosto ardia com o tapa forte que levei mas foi bem merecido. Any estava certa, ela não era nada minha e eu não deveria tratá-la como se fosse. Voltamos para casa em silêncio e ficamos assim o resto da semana. Em três dias Any tentou fugir sete vezes, pegamos ela cinco vezes tentando negociar com alguns empregados para darem informação a ela e outras duas dela tentando entrar na sala de armamento. Por fim todos na casa queriam a matar ou manter ela presa no quarto, oque não deu certo já que ela tentou pular a varanda. Sem mais saídas, mandei que levassem todas as coisas dela para meu quarto pois seria ali que ela iria ficar o resto da estadia.

Que eu tivesse um anjo da guarda para me guardar do demônio que iria enfrentar.

Mr. Beauchamp Onde histórias criam vida. Descubra agora