Mr. Beauchamp

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Ei amores, preciso da opinião de vocês para uma coisa, vocês preferem que os capítulos venham dizendo de quem é o pov no início ou que continue do jeito que está?

Esse capítulo vai detalhar bastante sobre a aparência dos dois, já que relendo a história, percebi que sempre ficou no raso, então vocês vão descobrir algumas coisas que talvez não soubessem ou não imaginassem.

Não esqueçam de comentar oque estão achando!! Boa leitura!!

— JOSH BEAUCHAMP

Uma das partes ruins dessa nova vida, era o fato de que a maior do tempo eu estava atuando e mentindo para não perder a paciência ou parecer rude demais. Era uma tarefa bem difícil, já que meu trabalho era dar aula para adolescentes patéticos, porém, tentava dar meu melhor e pensar o porquê eu estava ali. No fundo, éramos todos atores e interpretávamos diariamente, personagens mal feitos. Cada um tinha a capacidade de criar uma realidade diferente em suas mentes, outros, manipulavam todos ao redor para que eles participassem dessa realidade, como no meu caso.

O que um sorriso bonito, palavras certas e um certo charme, não faziam para que todos ao meu redor, vivessem a meu dispor. Eu não era mais o líder de uma máfia, porém, ainda continuava sendo o Alfa que sempre fui destinado a ser. As pessoas continuavam me seguindo, me bajulando e desejando me agradar de todas as formas possíveis, com a falsa ideia de que subiriam no meu conceito de respeito e consideração. Impossível. Tinha uma vida nova, mas ainda assim, continuava o mesmo Josh Beauchamp calculista, que só se importa com a família e nada mais. Então qualquer um, que não fosse considerado da família, seus esforços seriam em vão.

Quando chegamos em Nova Iorque, o colégio "Maison D'ange" sempre foi meu alvo, pelo simples fato de que as o dono trabalhava para mim na França, então eu estaria seguro e minha identidade também. As madres que trabalham no lugar, foram inocentes ao se derramarem de encanto ao meu falso sotaque britânico e minha educação impecável. Carregava com facilidade o cargo de melhor professor do colégio e até outros professores me idolatravam, provando que uma vez que você nasce para estar no topo, você sempre continuará nesse topo.

Era sábado, as freiras decidiram fazer uma festa da família, já que o ano letivo estava para acabar. Todos os professores teriam que marcar presença e manter a propaganda de que ali era a escola perfeita. Conversei com alguns alunos, tive que lidar com uma ou duas casadas pedindo meu telefone, velhos que se achavam ricos e por fim consegui um pouco de paz.

Estava encostado em uma pilastra que completava as seis que tinham naquele pátio, em meus dedos tinha um cigarro que eu fumava aos poucos, minha mão livre segurava meu paletó, deixando à mostra a camisa social branca com botões dourados -tais que eram realmente de ouro- e o colete azul marinho, que combinava com a calça e paletó. Olho no relógio para ver quanto tempo mais teria que sustentar o professor educado e simpático, porém não consigo finalizar a ação, pois meus olhos pareceram desobedecer meus comandos e focaram em uma mulher, ela vestia branco e estava acompanhada de um homem que parecia jovem demais para ser pai de alguém ali.

Meu olhar desceu pelo corpo escultural, observando os cabelos lisos e longos, ela estava de costas me fazendo questionar, quem era a dona de tamanha beleza que estava roubando olhares não somente meus. Observo a roupa um pouco curta para o lugar e por fim chego nas pernas, longas e a pele parecia perfeitamente hidratada e lisa, ali teria acabado minha análise, se eu não tivesse fixado os olhos nos saltos que ela usava. Se fosse a um tempo atrás, eu jamais saberia que era um Saint Laurent, mas me lembro de uma morena, que me deu uma aula na Itália sobre esses sapatos e me lembro muito bem qual modelo eu comprei para ela. Idênticos.