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4mil palavras para vocês hoje, quero ver as reações com as bombas que estão por vim 😳

2 meses depois

Los Angeles

Any Gabrielly POV

Sem ao menos bater, vi a silhueta adentrando minha sala, não demorei para perceber que era Heyoon, ela estava ofegante, parecia que tinha corrido até aqui. A mesma parou em frente a minha mesa batendo as duas mãos sobre a madeira.

Heyoon: — Escuta aqui morena, você tá em perigo, pega apenas o necessário, porque o senhor Beauchamp mandou te tirar do país o mais rápido possível! -falou rapidamente.

48 horas antes

E aqui estava eu novamente, sentada na minha mesa, no meu escritório. A sensação era inexplicável, talvez pelos vários fatores que me foram adicionados ao decorrer dos dias, satisfação, raiva, medo, poder e etc. Apenas retornei ao departamento após Morris liberar a papelada e foi justamente um dia antes dele tirar férias, oque significa que eu não teria que o ver por um bom tempo. Quando cheguei aqui, os rumores de que eu estava namorando um homem poderoso no país fez com que meus "colegas" de trabalho, me tratassem um pouco melhor, na verdade estavam me tratando como se eu fosse a chefe desse lugar, oque não vinha ao caso, o único que sabia quem era esse tal homem poderoso com quem namorei, era Bailey, porque em muito dos nossos encontros Beauchamp obrigava-me a levar um segurança e esses, não faziam o mínimo esforço para citar o nome do patrão.

Me sentia melhor desde a última vez que estive aqui, mais forte e madura, fisicamente e mentalmente, mesmo que eu ainda estivesse cansada e em parte triste por conta de um ser que não se deve nomear agora. Se um dia eu banalizei alguém que sofreu por um término de relacionamento, digo que não era eu, pois só agora entendia como era doloroso isso.

A saudade continuava, talvez eu nunca irei me acostumar com isso ou talvez seja somente questão de tempo, apenas ele poderia curar essa dor que ainda se insiste em prevalecer. Não o vi desde que saí de seu apartamento, não nos falamos depois do dia do noticiário e nossos amigos em comum fizeram questão de não tocar nesse assunto, com certeza acharam que seria melhor dessa maneira, que sofreríamos menos se fingissem que nada aconteceu, em parte funcionou. Parei de chorar no décimo quinto dia, decidida a aceitar que dessa vez não teria mais volta, eu o magoei mais do que o normal e mesmo que eu quisesse, aquele homem provavelmente não iria querer.

Estou cheia de trabalho, simplesmente decidiram que eu seria responsável por dois homicídios que aconteceu em uma estrada e a investigação de um cassino clandestino, três trabalhos que faziam minha cabeça quase explodir a uma semana. O do cassino já tinha meus suspeitos, na verdade vários, sempre conseguia arrancar alguma informação de Beauchamp ou até mesmo das meninas, conheci homens que eu nem ao menos sabia da existência mas mesmo assim, cometiam vários crimes.

Tão focada nas papeladas que nem ao menos percebi que não estava mais sozinha e quando me dei conta, o susto foi tão grande que saquei até minha arma.

May: — Ei, ei, ei calma aí Gabrielly -o moreno levantou as mãos e eu suspirei aliviada guardando a mesma na cintura novamente.

Any: — Que droga Bailey, você me assustou, podia ter batido na porta pelo menos! -reclamo voltando a encarar os papéis na minha mesa, revisando alguns pontos.

May: — Eu bati bonitinha, você que não escutou -sabendo que ele não veria revirei os olhos pelo apelido ridículo que direcionou a mim.

Any: — O que você quer? Estou trabalhando! -o olho séria, contanto mentalmente quanto tempo estava perdendo nessa conversa.

Mr. Beauchamp Onde histórias criam vida. Descubra agora